19.9.08

Pacheco à bruta

Num momento de inconti- nência verbal em que certos palradores deixam estilhaçar o verniz, a cera, tornando sin-cera a sua verborreia, José Pacheco Pereira esparramou no "Abrupto" um texto vergonhoso.


Homens como Pacheco Pereira «são perigos públicos em qualquer parte do mundo. Estes homens, em nome das ideias» mais retrógradas, antidemocráticas e falaciosas, uma mistura de anticomunismo e traumatismo psicológico, mais vaidade exacerbada e reverência aos poderes políticos mundiais mais arrogantes, destemperado por um verbalismo fácil mas bem cotado no mercado de ignorantes e enganados que ele explora, arrota os seus vitupérios a rodos, empestando o país em que vivemos.

E como é habitual, há orgãos de difusão (chamados de comunicação) que o acolhem e projectam com complacência e com nojenta admiração. Também alguma esquerda, cúmplice da sua grande cruzada, deixa-se confundir com algumas verdades inócuas ou descentradas dos seus objectivos de fundo. Ele leu Aleixo e sabe que «para a mentira ser segura e atingir profundidade tem que trazer à mistura qualquer coisa de verdade».Coisas do género « É verdade que (Chavez e Morales) foram legitimamente eleitos, mas...». Mas... são progressistas e marxistas, que merda! De uribes é que a América Latina de Pacheco, precisa. Até porque na sua estratégia de silêncios manhosos se parece mais com a sua eleita, Leite.

«Infelizmente tudo isto é clássico» na arrogância verbal, não só de Pacheco Pereira mas de uma longa história da difusão social, criada na escola de gente como ele, propagandistas da direita caceteira e belicista - conforme a escala geográfica.

Pacheco não contabiliza os mortos e as bombas no Iraque cuja invasão continua a defender; contabiliza as palavras feias de Chavez. Santos destes acabariam no inferno se o houvesse, mas Pacheco não deve acreditar, logo, sente-se à vontade para dizer as alarvidades que lhe apetecer.

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