6.1.14

Afinal a Esquerda existe

Uma fuga de informação trouxe ao meu conhecimento o seguinte texto subscrito pelas direcções do Bloco de Esquerda e do Partido Comunista Português.

«Fartos de ouvir e repetir a mal-feitoria das políticas da Direita e da incapacidade da Esquerda para se impôr como alternativa, e não aceitando que o papel da Esquerda seja apenas a denúncia e a queixa sem outras consequências nem iniciativas, o PCP e o BE, propõem-se:

1.Elaborar um projecto próprio de Reforma do Estado;
2.Convidar o PS a participar na respectiva elaboração;
3.Apresentar ao país o projecto conjunto dos três partidos;
4.Solicitarem os três partidos a marcação de eleições antecipadas, ao Presidente da República;
5.Apresentarem-se os três, coligados às eleições, adoptando a sua Reforma do Estado como base do programa da coligação;
6.Complementar o Programa Eleitoral desta coligação com outras propostas mínimas em matéria de mais curto prazo».


Seguem-se duas assinaturas… irreconhecíveis.

2 comentários:

antónio m p disse...

A PROPÓSITO
Nas actuais circunstâncias, em que as condições materiais para a substituição do governo estiveram por diversas vezes satisfeitas acabando essas oportunidades por sair frustradas apesar da combatividade demonstrada pelo movimento popular, não é de estranhar que se estejam a verificar dois tipos de dinâmicas sociais perante o desacordo evidente entre os partidos da esquerda quanto aos caminhos alternativos a seguir. Uma, que vê engrossar as suas fileiras à medida que os meses passam e as condições sociais se agravam, mas não encontra respostas à esquerda e começa a ficar disponível para investir num bloco central remoçado; outra, que à força de se radicalizar, corre o risco de perder a oportunidade única de contribuir para a afirmação de uma solução governativa à altura das exigências da actual situação.

Recortado a 6/Janº num artigo de Cipriano Justo

antónio m p disse...

A PROPÓSITO
Nas actuais circunstâncias, em que as condições materiais para a substituição do governo estiveram por diversas vezes satisfeitas acabando essas oportunidades por sair frustradas apesar da combatividade demonstrada pelo movimento popular, não é de estranhar que se estejam a verificar dois tipos de dinâmicas sociais perante o desacordo evidente entre os partidos da esquerda quanto aos caminhos alternativos a seguir. Uma, que vê engrossar as suas fileiras à medida que os meses passam e as condições sociais se agravam, mas não encontra respostas à esquerda e começa a ficar disponível para investir num bloco central remoçado; outra, que à força de se radicalizar, corre o risco de perder a oportunidade única de contribuir para a afirmação de uma solução governativa à altura das exigências da actual situação.

Recortado a 6/Janº num artigo de Cipriano Justo