3.3.14

Ucrânia e os outros

Os Estados Unidos da América, a Alemanha e a própria NATO proclamam que “a Rússia deve respeitar a soberania, integridade territorial e as fronteiras da Ucrânia". Em matéria de não-intervenção e de respeito pela soberania dos outros países, a autoridade moral destes três é exemplar, como toda agente sabe !!!

Obama chega a afirmar que se trata de "uma quebra do direito internacional". Por seu lado, o presidente russo diz que “os americanos estão a interferir unilateral e cruamente nos assuntos internos da Ucrânia, (o que) é uma clara violação do tratado de 1994”.

RÚSSIA

Putin que dá asilo político ao presidente legítimo da Ucrânia, digo tão legítimo como Cavaco Silva em Portugal, certamente recebeu a autorização competente de Viktor Yanukovych – dura lex, sed lex – para entrar na Crimeia a fim de proteger a comunidade russa ali residente, e a sua Frota do Mar Negro.*

Entretanto, o Conselho Russo da Federação - equivalente ao Senado dos EUA – aprovou «por unanimidade uma resolução que autoriza Putin a usar as forças armadas da Rússia na Ucrânica, pedido que o Parlamento já havia encaminhado antes».

«Antes da votação, os senadores russos bufavam de fúria, disseram que Obama ameaçou a Rússia, insultou o povo russo, e que exigiam que Putin retirasse dos EUA o embaixador russo».
Citações «» do Pravda

* A Crimeia já foi governada pela Rússia no tempo da União Soviética, até que Kruschov decidiu transferi-la para a República Socialista da Ucrânia como gesto comemorativo da antiga união da Ucrânia à Rússia. Com a queda do comunismo, a Ucrânia manteve a Crimeia sob sua jurisdição, apesar de ali continuar sedeada, por acordo mútuo, a frota russa do Mar Negro.

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