19.10.15

Os dados estão lançados
para a formação do Governo

ANTÓNIO COSTA (PS) DIXIT

As reuniões com PCP e BE foram construtivas. Com a coligação, uma (reunião) foi vazia e a outra, inconclusiva” Quanto ao entendimento com as esquerdas, “as medidas que encontrar estarão de acordo com as obrigações que Portugal tem e estarão de acordo com o cenário macro-económico do PS”.

Prioridades do Governo de esquerda, segundo A. Costa:
• combate à pobreza infantil
• condições de financiamento para as empresas
• conta corrente das empresas com o Estado
• reposição de vencimentos da função pública
• acelerar a eliminação da sobretaxa de IRS
• alterar escalões de IRS

Declarações mais recentes AQUI, nomeadamente:

"Só serei primeiro-ministro se houver maioria na Assembleia da República que apoie Governo liderado por mim". 

CATARINA MARTINS (BE) DIXIT:

“O Bloco de Esquerda não faltará a uma solução de governo que seja capaz de recuperar os rendimentos do trabalho, salários e pensões, dignidade do trabalho, combate à precariedade e defender a dignidade do nosso país no combate à venda ao desbarato que está a ser feita”.

O Bloco "não abdica daquilo que afirmou na campanha eleitoral, mas sabe centrar-se no que é essencial num processo de convergência em que a convergência é essencial de todas as partes para que haja mudança real no país" e destacou que a questão da reestruturação da dívida é "uma questão inultrapassável" mas não limita diálogos.
Catarina Martins em 2015-10-16

JERÓNIMO DE SOUSA (PCP) DIXIT:

«Apresentaremos uma moção de rejeição do programa de um [eventual] governo PSD/CDS» e «estamos preparados e prontos para assumir todas as responsabilidades, incluindo governativas, necessárias à concretização de uma política que rompa com o rumo que arrastou o País para a actual situação.»
Jerónimo de Sousa em comício de 2015-10-09

«Mesmo não sendo possível essa convergência para uma política que responda às aspirações dos trabalhadores e do povo, o que de facto não é fácil, o quadro constitucional e a correlação de forças Assembleia da República em nada impedem o PS de formar Governo, apresentar o seu Programa e entrar em funções. 

Nessa circunstância, como sempre, os trabalhadores e o povo poderão contar com o PCP para assegurar todas as medidas que correspondam aos seus direitos e interesses. Tudo o que não corresponda a esses objectivos, contará com a oposição do PCP.»
Jerónimo de Sousa após encontro com o Bloco de Esquerda em 2015-10-16, e no editorial do Avante do dia 15.

1 comentário:

antónio m p disse...

ADENDA
Uma coisa é certa: será o PS de António Costa que decidirá da estabilidade do próximo governo, especialmente se for liderado por Passos Coelho, como é provável. E isto confere ao PS uma vantagem política importante.
Por outro lado, se quiser uma mudança de rumo na política nacional, essa vantagem não lhe serve de nada.
Felizmente para ele, em certo sentido, será o Presidente da República quem irá distribuir o jogo.