A Igreja Católica invoca e interpreta hoje, nos seus incontáveis templos reais e virtuais, uma das três versões do Evangelho sobre o mesmo episódio. Nesta narrativa, Marcos 8,27-35, conta-se que Jesus perguntou aos discípulos: ‘Quem dizem os homens que eu sou?’. Eis a resposta: “Alguns dizem que tu és João Batista; outros, que és Elias, outros, ainda, que és algum dos profetas”.
“Algum dos profetas” exprime claramente uma realidade histórica que passa geralmente despercebida aos cristãos: que Jesus era apenas mais um dos muitos profetas daquela época como de épocas anteriores.
“E vós, quem dizeis que eu sou?” “Tu és o Messias” – terá respondido Pedro.
Neste ponto convém esclarecer que o Messias que os judeus esperavam era um guerreiro, um libertador, um restaurador do reino de David - uma expectativa que foi alimentada por muitos séculos, desde a época do exílio!
Jesus, porém, frustrou essa esperança ao esclarecer que não veio para restaurar o reino de Davi, mas para implantar “o Reino de Deus”, o que causou discussão, mas que ali mesmo ficou sanada – a discussão, não sabemos se a convicção!
E eu pergunto se esta frustração de expectativas não terá alimentado a fúria daqueles populares que uns anos mais tarde apelaram à sua crucificação.
cuidado: contém palavras
No Twitter sou AntnioMarquesP3
15.9.24
15.8.24
Porque hoje é domingo, em certo sentido
Apesar de todos os esforços de assunção aos céus, o homem dos 320 bilhões de dólares continua muito atrasado em relação a Nossa Senhora que hoje é invocada por tê-lo feito, como provou o Papa Pio XII, do alto da sua infalibilidade, e como comprovam várias fotografias da época, a cores. Isto para não falar da ascensão de Jesus após uma ceia bem regada.
Deste, porém, ficou-nos a promessa de que voltaria a descer à Terra, conforme declaração de um porta-voz a que as escrituras chamam anjo. Não foi marcada data nem local e, para já, o que se tem por certo é que está sentadinho lá no céu, à direita de Deus Pai – que, nisto, os deuses são muito formais.
Esperemos que a cadeira da esquerda esteja reservada para o nosso homem mais rico, que bem merece pelos sacrifícios que tem feito pela Humanidade.
Apesar de hoje não ser domingo, inserimos na série "Porque hoje é domingo", a minha visão ateia sobre a Assunção de Nossa Senhora. Que Deus me perdoe a falta de rigor. A minha, claro!
Deste, porém, ficou-nos a promessa de que voltaria a descer à Terra, conforme declaração de um porta-voz a que as escrituras chamam anjo. Não foi marcada data nem local e, para já, o que se tem por certo é que está sentadinho lá no céu, à direita de Deus Pai – que, nisto, os deuses são muito formais.
Esperemos que a cadeira da esquerda esteja reservada para o nosso homem mais rico, que bem merece pelos sacrifícios que tem feito pela Humanidade.
Apesar de hoje não ser domingo, inserimos na série "Porque hoje é domingo", a minha visão ateia sobre a Assunção de Nossa Senhora. Que Deus me perdoe a falta de rigor. A minha, claro!
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9.8.24
Venezuela incomoda os donos do mundo (DDT)
Delcy Rodriguez, vice de P. Maduro, denuncia criminosos de extrema-direita em eleições de Venezuela 2024
9.7.24
"Aprender, aprender, aprender sempre" em política
João Oliveira, do PCP, responde ás grandes questões
da actualidade política internacional
Copiar: a href="https://sicnoticias.pt/podcasts/perguntar-nao-ofende/2024-05-14-ate-onde-vai-o-euroceticismo-do-pcp--joao-oliveira-cabeca-de-lista-da-cdu-responde-a-daniel-oliveira-no-perguntar-nao-ofende-a3a8420c"
da actualidade política internacional
Copiar: a href="https://sicnoticias.pt/podcasts/perguntar-nao-ofende/2024-05-14-ate-onde-vai-o-euroceticismo-do-pcp--joao-oliveira-cabeca-de-lista-da-cdu-responde-a-daniel-oliveira-no-perguntar-nao-ofende-a3a8420c"
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IA - O futuro já chegou
Estamos destinados a falar com “pessoas” que não existem, a fazer negócios com pessoas que não existem, a consultar médicos que não existem, a discutir política com interlocutores inumanos.
O fenómeno da inteligência artificial (IA) não é uma ideia do futuro, é já uma realidade no presente. O que se discute não é a sua existência, é saber quem e como domina a sua actividade e desenvolvimento, sendo que isto é uma parte importante das tensões entre as grandes economias mundiais.
Nada para que não estejamos já treinados, nomeadamente quando viajamos em automóveis sem condutor ou em aviões sem pilotos, mas também quando perguntamos, na internet, como tratar uma doença, ou quando movimentamos dinheiro no “balcão” multibanco.
Das notícias (The Guardian):
A decisão das empresas americanas, face às tensões entre Pequim e Washington, provoca corrida para atrair consumidores para modelos domésticos de inteligência artificial (IA).
O fenómeno da inteligência artificial (IA) não é uma ideia do futuro, é já uma realidade no presente. O que se discute não é a sua existência, é saber quem e como domina a sua actividade e desenvolvimento, sendo que isto é uma parte importante das tensões entre as grandes economias mundiais.
Nada para que não estejamos já treinados, nomeadamente quando viajamos em automóveis sem condutor ou em aviões sem pilotos, mas também quando perguntamos, na internet, como tratar uma doença, ou quando movimentamos dinheiro no “balcão” multibanco.
Das notícias (The Guardian):
A decisão das empresas americanas, face às tensões entre Pequim e Washington, provoca corrida para atrair consumidores para modelos domésticos de inteligência artificial (IA).
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26.6.24
Israel não é um país democrático
Uma das grandes mentiras do sionismo é que Israel é um Estado “democrático e progressista”. Nada mais falso. Desde a sua fundação, se constituiu como um Estado racista, por sua ideologia e suas leis destinadas à expropriação das casas e terras dos palestinianos.
Israel é oficialmente um “Estado judeu”. Quer dizer, não é um Estado de todos os que residem no país ou nasceram nele, mas somente podem ser cidadãos aqueles que se consideram de fé ou de descendência judaica.
Noventa por cento das terras se reservam exclusivamente para os judeus, através do Fundo Nacional Judeu, cujo estatuto define que essas “terras de Israel” pertencem a essa instituição e não podem ser vendidas, arrendadas ou nem sequer trabalhadas por um “não judeu”. Os palestinianos estão proibidos de comprar ou, inclusive, arrendar as terras anexadas pelo Estado desde 1948.
Desde a fundação do país, existe um sistema de discriminação racial que domina absolutamente todos os destinos das vidas dos palestinianos. O que se poderia dizer hoje de um país cuja política oficial foi a expropriação de terras dos judeus ou que simplesmente proibisse que alguém judeu pudesse se assentar nele se se casasse com uma não judia? Obviamente, dir-se-ia que se trata de um flagrante caso de discriminação anti-semita e poderia ser comparado com o nazismo ou com o apartheid sul-africano. No entanto, esse critério é legal em Israel, através de uma série de instituições e leis que afectam apenas os habitantes não judeus.
A “lei de nacionalidade” estabelece claras diferenças na obtenção da cidadania para judeus e não judeus. Pela “lei de cidadania”, nenhum cidadão israelita pode se casar com uma residente dos territórios ocupados. Caso isso aconteça, perde os direitos de cidadão israelita, e a família, se não é separada, deve emigrar.
Pela “lei de retorno”, qualquer judeu do mundo, se vai para Israel, pode ser cidadão israelita e obter um sem-número de privilégios que os nativos não judeus não possuem. Mas os familiares dos palestinianos do Estado de Israel que vivem no estrangeiro (muitos deles expulsos de suas terras na Palestina ou seus descendentes) não podem obter o mesmo benefício somente pelo fato de não serem judeus.
A “lei do ausente” permite a expropriação das terras que não tenham sido trabalhadas durante um tempo. Mas nunca foi expropriada a terra de um judeu. A maioria das expropriações realizou-se contra refugiados palestinianos no exílio, palestinianos habitantes de Israel e todo palestiniano que reside na margem ocidental do rio Jordão e tenha terras na área ampliada de Jerusalém.
Texto recortado de Secretariado Internacional da LIT-QI (Brasil 12Maio2008)>José Goulão em:
Israel é oficialmente um “Estado judeu”. Quer dizer, não é um Estado de todos os que residem no país ou nasceram nele, mas somente podem ser cidadãos aqueles que se consideram de fé ou de descendência judaica.
Noventa por cento das terras se reservam exclusivamente para os judeus, através do Fundo Nacional Judeu, cujo estatuto define que essas “terras de Israel” pertencem a essa instituição e não podem ser vendidas, arrendadas ou nem sequer trabalhadas por um “não judeu”. Os palestinianos estão proibidos de comprar ou, inclusive, arrendar as terras anexadas pelo Estado desde 1948.
Desde a fundação do país, existe um sistema de discriminação racial que domina absolutamente todos os destinos das vidas dos palestinianos. O que se poderia dizer hoje de um país cuja política oficial foi a expropriação de terras dos judeus ou que simplesmente proibisse que alguém judeu pudesse se assentar nele se se casasse com uma não judia? Obviamente, dir-se-ia que se trata de um flagrante caso de discriminação anti-semita e poderia ser comparado com o nazismo ou com o apartheid sul-africano. No entanto, esse critério é legal em Israel, através de uma série de instituições e leis que afectam apenas os habitantes não judeus.
A “lei de nacionalidade” estabelece claras diferenças na obtenção da cidadania para judeus e não judeus. Pela “lei de cidadania”, nenhum cidadão israelita pode se casar com uma residente dos territórios ocupados. Caso isso aconteça, perde os direitos de cidadão israelita, e a família, se não é separada, deve emigrar.
Pela “lei de retorno”, qualquer judeu do mundo, se vai para Israel, pode ser cidadão israelita e obter um sem-número de privilégios que os nativos não judeus não possuem. Mas os familiares dos palestinianos do Estado de Israel que vivem no estrangeiro (muitos deles expulsos de suas terras na Palestina ou seus descendentes) não podem obter o mesmo benefício somente pelo fato de não serem judeus.
A “lei do ausente” permite a expropriação das terras que não tenham sido trabalhadas durante um tempo. Mas nunca foi expropriada a terra de um judeu. A maioria das expropriações realizou-se contra refugiados palestinianos no exílio, palestinianos habitantes de Israel e todo palestiniano que reside na margem ocidental do rio Jordão e tenha terras na área ampliada de Jerusalém.
Texto recortado de Secretariado Internacional da LIT-QI (Brasil 12Maio2008)>José Goulão em:
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