17.8.17

De queda em queda

A queda de uma árvore gigante sobre peregrinos religiosos, na Madeira, faz lembrar a queda de um "andor de grandes dimensões" na procissão de Nossa Senhora da Aparecida, em Torno, Lousada, e ambas nos fazem lembrar a “queda” do maior banqueiro deste país, um tal Ricardo do Espírito Santo.

Questões religiosas à parte, o que se vê uma vez mais é que se lixa sempre quem está por baixo.

16.8.17

O mito da imparcialidade

Os partidos de esquerda não seriam bem mais agressivos contra o Governo se este fosse de direita? – perguntam recorrentemente os jornalistas a propósito disto e daquilo.

A pergunta pode ser pertinente mas a resposta, digo a resposta adequada é óbvia: “claro que sim!”

A razão está em que uma coisa é criticar os erros de um governo que genericamente prossegue uma política louvável e outra coisa seria criticar um governo que genericamente prossegue uma política reprovável.

Será preciso um desenho para explicar?

6.8.17

O lado esquerdo da Venezuela (3)

Enquanto Álvaro Uribe governou a Colômbia à imagem de Hitler, o jornalismo europeu andava tão distraído... Mas agora que está de pé uma campanha despudorada contra o regime venezuelano, campanha com que o próprio Uribe está activamente solidário, claro, aqui del rei capitalista liberal que há um tirano potencial a governar a Venezuela.

Que se cuidem os agressores contra o governo da Venezuela: se a situação se extrema pode acontecer uma nova Cuba na região. Ofertas de apoio de países desalinhados, não faltarão.

Sei que é um processo polémico, mas não como a campanha desinformativa o pinta. Tem faltado o famigerado "contraditório" cuja lacuna modestamente venho contribuindo para superar. O que segue é um exemplo.

2.8.17

O lado esquerdo da Venezuela (2)


A histeria anti-socialista da informação dominante participa com todos os seus recursos políticos na batalha que se trava na Venezuela. Não por causa de Nicolás Maduro e da sua suposta ambição de poder, mas por causa da opção socialista do regime.

Num programa de televisão dos EUA o jornalista entrevista Leopoldo Lopez - um dos líderes venezuelanos… da oposição, claro. Este reivindica o caracter pacífico das manifestações “anti-Maduro”, etc., etc., do que a foto acima é esclarecedora!!! No final da entrevista, o jornalista deseja ao opositor venezuelano, “muita sorte” para a sua luta política!

A imprensa e a televisão espanhola, francesa, etc., por sua vez, não se cansam de dar voz, também elas, a L. Lopez e Henrique Capriles, estes dois fervorosos “democratas”. O que menos lhes interessa informar sobre a Venezuela são os argumentos do Presidente da República.

Para deitar alguma água na fogueira há quem escreva, fora destes domínios, coisas assim:

«…não há nenhuma revolta popular na Venezuela. Apesar da guerra económica, a grande maioria da população vai para as suas ocupações, trabalha, estuda, sobrevive. É por isso que a direita organiza as suas marchas com início nos bairros ricos. É por isso que recorre à violência, ao terrorismo e se localiza nos municípios de direita. Os bairros venezuelanos são em 90%, bairros populares. Compreende-se a enorme lacuna: os media transformam as ilhas sociológicas das camadas ricas (alguns % do território) em "Venezuela". E 2% da população em "população"…»

O texto integral pode ler-se AQUI em português e com muitas referências de fontes.
O texto original, de Thierry Deronne, encontra-se AQUI

Todos os autores são parciais, uns menos, outros mais. O que se pode esperar é que tragam outras luzes ao espaço sombrio da informação. E que as não desperdicemos, dominados por preconceitos.