27.5.08

Rica crise económica

GALP aumenta lucros trimestrais em 228,6%

«A GALP foi privatizada pelos governos do PSD e do PS.

Em Dez.2003 foram liberalizados os preços dos combustíveis em Portugal pelo governo PSD/CDS. A razão apresentada pelos governos de então, é que isso iria determinar o aumento da concorrência com a consequente descida dos preços.


No entanto, o que sucedeu foi precisamente o contrário».

Eugénio Rosa desenvolve este assunto em diario.info

«A GALP acabou de apresentar publicamente as contas referentes ao 1º Trimestre de 2008. E por elas ficamos a saber que esta petrolífera obteve, só no 1º Trimestre de 2008, 175 milhões de euros de lucros líquidos, ou seja, mais 22,4% do que em idêntico período de 2007. E isto quando são exigidos tantos sacrifícios aos portugueses.

Mas ainda mais grave, é que 69 milhões de euros desses lucros,, que é o triplo do valor registado em 2007 (+ 228,6%), que foi de 21 milhões de euros, resultaram da especulação do preço do petróleo no mercado internacional, que a GALP e as outras petrolíferas se aproveitam para cobrarem aos portugueses preços de venda nos combustíveis excessivos e escandalosos.. E isso resulta de um estranho sistema de cálculo dos preços de venda dos combustíveis aos portugueses, que não se baseia nos custos efectivos suportados pela empresa, mas que tira partido directo da especulação do petróleo no mercado internacional, que é urgente alterar pois, caso contrário, como a especulação vai continuar os portugueses serão obrigados a alimentar os lucros das petrolíferas resultantes dessa especulação».

«Horrorizais-vos por querermos suprimir a propriedade privada (dos grandes meios de produção). Mas na sociedade existente a propriedade privada está suprimida para nove décimos dos seus membros; ela existe (para a burguesia rica) precisamente pelo facto de não existir para nove décimos».(K. Marx e Engels, em Manifesto do Partido Comunista)

25.5.08

América do Sul une-se



Parte 2 :



Mas se preferir uma visita ao Peru em vez de ficar fechado a assistir à "cumbre", pode fazê-lo POR AQUI !

16.5.08

Cortina de fumo

Uma cortina de fumo serviu às televisões portuguesas para escobrir o papel positivo que desempenham as boas relações político-económicas existentes entre Portugal e a Venezuela. Porque é preciso denegrir Hugo Chavez a qualquer preço – que se danem os interesses económicos de Portugal e os interesses dos portugueses emigrados na Venezuela. Para já não falar nas políticas populares do presidente venezuelano.

«Lena Construções vai construir entre 1000 e 5000 habitações sociais em Caracas
Grupo Lena vai construir entre 1000 e 5000 habitações sociais em Caracas, num negócio que poderá ascender a 500 milhões de dólares.
...
«A proposta é para construção na área metropolitana de Caracas mas há a possisibilidade de ser também noutras zonas do país.

Mónica Silvares, em Caracas / Diário Económico
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«As exportações portuguesas para a Venezuela deverão, com os acordos assinados ao longo destes três dias em Caracas, "multiplicar por quase 10 os 17 milhões de euros de 2007"».
Tânia Ferreira / Jornal de Negócios 2008Mai15

15.5.08

Eles comem tudo



«O Banco de Portugal (BdP) não tem dúvidas de que o BCP actuou com dolo e de forma negligente no polémico caso dos créditos concedidos ao filho de Jardim Gonçalves. E condenou, a 12 de Fevereiro, o BCP e quatro entidades por si detidas ao pagamento de uma coima total de 760 mil euros - num total de dez contra-ordenações, três das quais dolosas - por lhe ter omitido informações sobre empresas detidas por Filipe Jardim Gonçalves

... o BCP omitiu várias empresas detidas pelo filho do fundador, a quem concedera créditos. Parte deles, recorde-se, o banco declarou como dívidas incobráveis. Quando o caso se tornou público, Jardim Gonçalves comprou os créditos do filho». (JN 2008-05-15)

Coima total de 760 mil euros ???

Hehehehehehehehehehehehhehehehehehehehehehehehehehehehehehehehehehehehehehehehehehehehehehehehehehehehehehehhehe
...

Fumar mata


Não percebo para quê tanto alarido por causa do Primeiro Ministro fumar. Agora ele diz que vai deixar de fumar.
Vêem o que arranjaram?
(Estava a brincar. Não posso? Então peço desculpa).

11.5.08

Lula é assim


Entre o Capitalismo e o Socialismo cujos conceitos poucos se atrevem a clarificar mas que muitos se apressam a invocar com arrogância política, Lula pratica o Pragmatismo com princípios e objectivos. Ele sabe que a razão não espuma da boca em gritos rituais mas emana de pensamentos profundos, de convicções. E se exprime na hora certa, no gesto certo. Ele sabe que os soldados e não as bandeiras fazem as batalhas. E dá esse exemplo áqueles mesmos que o rodeiam.

Até que o mundo compreenda isto, serão notícia declarações como esta:

El presidente de Brasil, Ignacio Lula da Silva, elogió en a su par venezolano, Hugo Chávez, a quien calificó de "mejor presidente que ha tenido Venezuela en los últimos cien años". Lo hizo en una entrevista publicada hoy por un medio de Alemania.

"Las victorias de Hugo Chávez, Evo Morales en Bolivia y de otros, el último Fernando Lugo en Paraguay, son señales de avance democrático. Era hora de que fueran elegidos presidentes que provienen verdaderamente del pueblo", dijo Lula sobre la nueva balanza de poder en América Latina en una entrevista que difunde el semanario "Der Spiegel".

"Sin duda, Chávez es el mejor presidente que ha tenido Venezuela en los últimos cien años. Y aún así no ejerce ni remotamente la influencia que se le atribuye. Europa no necesita tener miedo a la izquierda en América Latina", sostuvo Lula en la antesala de la Cumbre de América Latina, la Unión Europea y el Caribe.

(http://www.clarin.com/ 2008Maio10)

5.5.08

Bolívia resiste

"No le tengo miedo a esos oligarcas cruceños. Ellos no representan nada que no sea sus mezquinos intereses.
Dejemos que el pueblo levante su voz de repudio", dijo el jefe de Estado.

(elmundo.es 2008-05-05).


Por detrás do referendo ilegal que decorreu na província de Santa Cruz, em 4 de Maio de 2008, e dos conflitos entre os apoiantes e os oponentes da consulta regional, está a tentativa de golpe de estado das forças conservadoras derrotadas nas eleições nacionais que conferiram o mandato a Evo Morales em Dezembro de 2005 : 53,74% dos votos, frente a 28,59% do seu principal opositor.

"La oligarquía perdió el poder nacional y se refugia en las regiones" – diria Evo Morales que saudou «"la rebelión" de los sectores que resistieron a "un estatuto ilegal"». (Clarin.com 2008-05-04)

O referendo de Santa Cruz é reconhecidamente ilegal e anticonstitucional. Não é em nome da legalidade ou da democracia que se move o governador local – o protagonista mais visível deste conflito.

Com efeito, os próprios representantes do movimento pela autonomia, afirmam que o importante é dar a "largada" na realização dos referendos, já que, mesmo sem base jurídica, estas votações terão "base política".

A argumentação política defende a autonomia política, administrativa e financeira em relação ao governo central; que o governo “departamental” passe a ser o responsável pelo direito de propriedade, administração e distribuição de terras.

Os recursos gerados por Santa Cruz, a região mais rica da Bolívia, deixariam de ser enviados em sua totalidade para o governo central e passariam a ser administrados pela gestão departamental. [A província é responsável por 30% do PIB da Bolívia] .

Acompanhando esta argumentação fraccionária e egoista, são conhecidas as motivações ideológicas:

- “El gobierno dictatorial de Evo Morales (...) se ha aliado con Hugo Chávez para convertir al país en una réplica de Cuba".

- "Hoy en Santa Cruz ha triunfado la democracia; el marxismo ha fracasado"

( Rubén Costas citado por elmundo.es 2008-05-05 ).

Contra o estatuto:

A autonomia reforçará a divisão atávica entre a Bolívia próspera (a da região chamada "Oriente" que reúne Santa Cruz, Tarija, Beni e Pando) e a do "Ocidente" (onde vive a maior concentração de povos indígenas, nos Departamentos de La Paz, Oruro, Potosi, Chuquisaca e Cochabamba).

Teme-se que, com a autonomia, a região rica não transfira recursos para as menos favorecidas. Além disso, os governadores passariam a ter poder de gestão muito maior do que têm hoje, com maior independência para tomar medidas políticas e administrativas. ( folha.uol.com.br / BBC Brasil 2008-05-05 )

Na prática e nas palavras dos que promoveram ilegalmente este referendo, já se vê, trata-se de fraccionar e enfraquecer o poder central, para impôr uma política nacional contrária à vontade popular expressa democraticamente. Porque tudo serve para fazer valer os tais "interesses mesquinhos" dos poderosos, contra os interesses mais justos. [segue]

Notícia :

O prémio Nobel da Paz argentino, Adolfo Pérez Esquivel, disse hoje [6 de Maio]que o referendo sobre o estatuto autônomo realizado no domingo no departamento boliviano de Santa Cruz é uma "tentativa de golpe de Estado disfarçado".

Pérez Esquivel, que acaba de voltar da Bolívia, afirmou em entrevista coletiva que o plebiscito foi organizado por "fazendeiros" cuja intenção é "desestabilizar o Governo e gerar uma situação de confronto".Além disso, chamou a atenção para "o alto índice de racismo" das classes dirigentes em Santa Cruz e também alertou que os veículos de comunicação bolivianos "assumiram uma opção clara pelo estatuto e por privilegiar o capital financeiro sobre a vida do povo".

Buenos Aires, 6 mai (EFE)

RECORTE DE ALAINET :

Cuando Evo Morales fue candidato a la presidencia de Bolivia, los pueblos indígenas y la multitud urbana organizada le dijeron, desde El Alto: si el Movimiento al Socialismo, MAS, no nacionaliza los hidrocarburos y si no convoca a una Asamblea Constituyente te retiraremos el apoyo y exigiremos en las calles que abandones la presidencia como lo hicimos antes con los presidentes González de Lozada y Meza. Una vez elegido presidente, Evo Morales cumplió su compromiso. Logró que el Estado boliviano reciba el 82% de lo producido por las grandes empresas y que éstas se conformen con el 18 % restante. Invirtió las proporciones porque antes de su gobierno las empresas multinacionales se llevaban el 82 % y al Estado le quedaba solo el 18 %. Por esa osadía política los neoliberales que controlan gran parte de los medios de comunicación en el continente anunciaron la inminente catástrofe y desaparición de Bolivia. Por su lado, los dueños de Santa Cruz y el oriente boliviano amenazaron con dividir el país. Luego de la nacionalización de los hidrocarburos, las empresas multinacionales no se fueron del país, se quedaron porque con el simple 18 % sus negocios siguen siendo rentables.
El segundo compromiso del gobierno fue convocar a una nueva Constituyente para que por primera vez en la historia republicana de Bolivia la carta nacional sea aprobada con la participación de los pueblos indígenas y exprese plenamente sus derechos. Si desde 1825 hasta hoy la constitución sólo representa a una de las naciones bolivianas, el momento había llegado para que Bolivia sea definida como un Estado Multinacional en el que todas las naciones del país -aimara, quechua, guaraní y otras de la Amazonía- sean tomadas en cuenta y se respete sus derechos colectivos. En otras palabras, con una constitución nueva de ese tipo, terminaría el omnímodo poder de los “q’aras” (españoles y criollos) o calatos de la derecha boliviana que siempre tuvieron el poder.
Por estas dos grandes decisiones políticas la derecha boliviana quiere que el “indio” Evo Morales, ese “indio maldito” como lo llaman en Santa Cruz y en Tarija, pague su atrevimiento, sea echado de la presidencia y “se muera” si las circunstancias lo permiten. Hasta ese punto de fractura llegan el viejo racismo colonial y la política reaccionaria de la derecha sin medias tintas ni hipocresías.

http://alainet.org/active/23971


2.5.08

pânico no continente

Já sabiamos que Jardim era incontinente (verbal) e contra o continente. Mas agora que se coloca a possibilidade de ele se candidatar a presidente do PSD e futuro primeiro-ministro, o pânico chegou... ao Continente.