Posada Carriles, cubano nacionalizado venezuelano, terrorista assumido, dirigiu vários atentados contra instalações de Cuba e contra o próprio presidente Fidel Castro, mesmo noutros países, sendo perfeitamente identificados os seus múltiplos crimes e vítimas mortais.
Está a ser julgado nos Estados Unidos da América... “por perjúrio, obstrução à Justiça e uso de métodos fraudulentos para entrada, em 2005, nos E.U.A.” Posada Carriles, uma longa história criminal
Posada participou na invasão de Playa Gyron em 1961 e é "autor intelectual" do atentado contra um avião cubano em 1976, que resultou na morte de 73 pessoas. Por este crime foi preso na Venezuela mas fugiu da prisão em 1985 com apoio da CIA e de uma organização cubano-americana anticastrista. Dedicou-se depois a organizar acções contra os governos progressistas da américa central e atentados contra hoteis em Havana.
Algumas das vítimas
Carriles foi também "autor intelectual" de um atentado em Cuba em 1997, que matou um turista italiano.«Ele estava no lugar errado à hora errada» - comentaria Carriles.
Em 2000 foi preso no Panamá quando planeava um atentado contra Fidel Castro fazendo uso de "200 libras de C-4" num auditorio cheio de estudantes, mas seria indultado em 2004 pela presidenta de então. Em 2005 entrou ilegalmente nos EUA e pediu asilo político para evitar a extradição reclamada por Cuba e Venezuela, extradição que os EUA têm evitado.
O envolvimento da CIA e da própria administração norte-americana (ao tempo dos crimes) nos actos terroristas de Carriles, inibem ainda hoje o tribunal do Texas de acusá-lo daquilo que é mais relevante na sua actividade criminosa e que não é, seguramente, a entrada ilegal em território norte-americano.
O próprio advogado de defesa de Carriles, Arturo Hernandez, argumenta que o acusado actuou “como aliado dos Estados Unidos”.
A denúncia recente contra Posada Carriles foi feita pelo salvadorenho Francisco Chávez Abarca que foi seu colaborador e a quem Posada Carriles terá recrutado em El Salvador, para preparar uma serie de atentados em Havana.
Chavez Abarca fez esta denúncia pormenorizada durante um julgamento a que foi sujeito em Cuba no seguimento da sua própria prisão quando tentava entrar clandestinamente na Venezuela e dali foi extraditado. Ele mostra grande disponibilidade para desmontar toda a rêde de Carriles e da CIA neste âmbito. Diz ter sido "uma marioneta de Carriles". Foi condenado a 30 anos de prisão pelo tribunal cubano.
De Posada, actualmente a ser julgado no Texas, não se sabe ainda o que lhe irá acontecer, mas não parece que esteja preocupado. Ele sabe demais acerca da administração norte-americana, foi protegido dos Bush e, como já se invocou, tem a CIA nas mãos - ou na boca. Pelo menos, enquanto tiver boca.
1 comentário:
Duvido que sobreviva por muito tempo mais.
Bom domingo
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