9.1.12

A China e os outros

Já chateia tanta conversa fácil sobre os negócios chineses. Os militantes envergonhados do capitalismo ou dos capitalismos, sentem-se mal com o princípio de "um país, dois sistemas" que a China prossegue; não é tanto com as desigualdades e a pobreza.

A coisa troca-lhes as voltas. No entanto, o que o Partido Comunista da China descobriu e assumiu ter descoberto, foi que a Economia tem leis como a Física que não dependem de um Comité Central ou de um parlamento. Outra coisa é a política de propriedade, de emprego e de distribuição da riqueza produzida.

Quanto à importação de produtos chineses, por alguma razão eu nunca ouvi o mesmo alarido acerca dos produtos italianos, franceses, alemães, norte-americanos... Pois, pois, Fiat. Pois, pois, Peugeot. Pois,pois, Mercedes-Benz. Pois, pois, Toyota... Uns sapatinhos Nike? Vai Fuji ou Kodak? Land Rover ou BMW? Ericsson? Macintosh? Giorgio Armani, Pierre Cardin ou Hugo Boss? Frigorífico ou aquecedor? Televisão ou computador?

De um total de 350,4 mil milhões de euros somados pelas 10 mais valiosas marcas do mundo, as oito marcas norte-americanas representadas neste top (Coca-Cola, Microsoft, IBM, General Electric, Intel, Disney, McDonald\’s e Marlboro) são responsáveis por 304,4 milhões de euros, ou seja, cerca de 87%.

A China sabe e reconhece, enfim, que na Economia como na Física o desenvolvimento obedece a leis objectivas. Falta-lhe aprender apenas a Democracia e os Direitos Humanos para merecerem o respeito e a admiração do mundo. Se essa evolução vier pelo convívio com países democráticos, venham daí os produtos e os capitais.

1 comentário:

O Puma disse...

... "apenas a democracia" ?

Quanto à EDP
tudo bem