17.10.22

Recordo-te, Mulher

Recordo-te, Mulher, quando sonhavas
Um futuro sem grades nem trincheiras
Um castelo sem guardas nem barreiras,
E, em tudo o que querias, confiavas.


Aberta às ondas das marés que espumam,
E aos raios de sol que te incendiavam,
Teu corpo púbere, tua alma pura,
Entregavam-se ao mundo, acreditavam.


Só não imaginavas, meu amor,
As lágrimas que chovem com a idade
As noites frias e as tempestades


(Mas, na recordação do teu passado,
Encontrarás alento para viver
E em mim encontrarás quem mais te quer)

1 comentário:

antónio m p disse...

Obrigado, MM, pelos comentários!