O período posterior à Primeira Guerra Mundial colocou o projecto liberal entre o movimento socialista e comunista, por um lado, e a ascensão do nazi-fascismo e de outros regimes autoritários, por outro lado.
Neste contexto, o liberalismo continuou a defender sem reservas a propriedade privada, que se transformava cada vez mais num privilégio de grandes capitalistas e banqueiros os quais não hesitaram, tanto em Itália como na Alemanha, em financiar os partidos de extrema-direita perante o avanço dos partidos socialistas e comunistas. Incapaz de interpretar (esta) nova fase e não tendo conseguido dar resposta à crise de 1929/33, o liberalismo foi claramente ultrapassado.
O liberalismo tardou em reconhecer, ou não reconheceu de facto, a incompatibilidade entre capitalismo e democracia nos momentos de grave crise económica, social e política.
Excerto de História Crítica do Pensamento Político – vol.II, pg. 174 / Ed.70
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