Em Dez.2003 foram liberalizados os preços dos combustíveis em Portugal pelo governo PSD/CDS. A razão apresentada pelos governos de então, é que isso iria determinar o aumento da concorrência com a consequente descida dos preços.
No entanto, o que sucedeu foi precisamente o contrário».
Eugénio Rosa desenvolve este assunto em diario.info
«A GALP acabou de apresentar publicamente as contas referentes ao 1º Trimestre de 2008. E por elas ficamos a saber que esta petrolífera obteve, só no 1º Trimestre de 2008, 175 milhões de euros de lucros líquidos, ou seja, mais 22,4% do que em idêntico período de 2007. E isto quando são exigidos tantos sacrifícios aos portugueses.
Mas ainda mais grave, é que 69 milhões de euros desses lucros,, que é o triplo do valor registado em 2007 (+ 228,6%), que foi de 21 milhões de euros, resultaram da especulação do preço do petróleo no mercado internacional, que a GALP e as outras petrolíferas se aproveitam para cobrarem aos portugueses preços de venda nos combustíveis excessivos e escandalosos.. E isso resulta de um estranho sistema de cálculo dos preços de venda dos combustíveis aos portugueses, que não se baseia nos custos efectivos suportados pela empresa, mas que tira partido directo da especulação do petróleo no mercado internacional, que é urgente alterar pois, caso contrário, como a especulação vai continuar os portugueses serão obrigados a alimentar os lucros das petrolíferas resultantes dessa especulação».
«Horrorizais-vos por querermos suprimir a propriedade privada (dos grandes meios de produção). Mas na sociedade existente a propriedade privada está suprimida para nove décimos dos seus membros; ela existe (para a burguesia rica) precisamente pelo facto de não existir para nove décimos».(K. Marx e Engels, em Manifesto do Partido Comunista)