Na batalha da Informação em curso, relativamente à Líbia, a razão encolhe e os edifícios dilatam.
Assim é para Metro Gael que se difunde como jornalista mas que na verdade é o nome de um blogue em que o autor não se identifica. Segundo ele(*), a reportagem da Al Jazeera sobre a ocupação da Praça Verde de Tripoli, pelas forças rebeldes, não passa de uma encenação. Segundo Miguel Urbano Rodrigues e alguns seguidores imprudentes, “ele” fala verdade – a verdade a que temos direito...
Isto é, a Praça Verde, de Tripoli, ou uma parte dela, terá sido “reconstruída cenograficamente” num estúdio do Qatar (assim como os americanos fazem para os filmes de cow-boys, estão a ver?) e os rebeldes não passavam de figurantes inseridos nesse “décor” artificial – tudo a fingir, portanto.
Aquilo que a Al Jazeera mostrou, foi isto:
A suposta desmontagem que faz o anónimo autor do Metro Gael consiste em comparar a imagem anterior com a “verdadeira praça” que documenta com a foto seguinte:
E para demonstração de que a primeira é uma falsificação, assinala algumas “diferença grosseiras” na arquitectura. Por exemplo, o formato dos arcos e da moldura em relevo na parede que encima um dos arcos.
Ora eu que já puz o Cardeal Policarpo a discursar na Alameda D. Afonso Henriques sem que ele precisasse de sair dos estúdios da RTP, ao tempo na Av. 5 de Outubro, fico espantado com a capacidade de produção audiovisual do Qatar, mesmo sem ignorar a sua riqueza e desenvolvimento!
A menos que o mentiroso da fita seja o anónimo autor de Metro Gael e que não haja nenhuma diferença entre as duas imagens para além da compressão a que as ditas são sujeitas, voluntariamente ou não, quando se recebe no televisor um formato de imagem diferente daquele que foi produzido ou emitido. É o caso de vermos em formato panorâmico uma imagem produzida para o formato 4x3 ou vice versa.
No caso das fotos anteriores, basta expandir ou comprimir as fotos para que a arquitectura se recomponha. E até convém, porque a foto vertical não convence nem um cego, de tal modo as pessoas ficam esguias, os passeios laterais definham, etc. E os automóveis? Repararam no formato dos carros? Como tudo é estranho... na Líbia.
A seguir comparo a imagem comprimida que Metro Gael nos oferece, com a imagem por mim rectificada a partir dela, por expansão adequada (descompressão).
Conclusão: Metro Gael mente acusando outros de mentirem. Mas se o faz a favor do nosso lado, há que aproveitar. Como se as ambiguidades do processo não fossem suficientes. Como se "resistir.org" merecesse este engano.
(*) Metro Gael, aparece na Net como autor de um blogue onde se diz irlandês;a viver em Paris onde escreve semanalmente uma coluna para o blogue Metro Eireann. De Metro em Metro ainda não percebi quem é o homem, se é homem.
2 comentários:
Aprender aprender sempre
Cuidado, Puma, porque alguns tomaram isso por "a prender, a prender sempre!" e o resultado é termos nós que andar para aqui a dizer que é engano.
Obrigado pela colaboração.
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