6.11.14

Quem julga os juízes (em Timor-Leste)

Quis custodiet ipsos custodes?, questionava Juvenal


Na circunstância de Timor-Leste expulsar seis magistrados e um polícia portugueses que trabalhavam para aquele Estado, por convite directo deste, é caso para perguntar:

- Se os profissionais portugueses eram “incompetentes” ou "inexperientes", como designar quem os seleccionou?

- Se os profissionais portugueses “puseram em causa os interesses do Estado” por aplicarem as leis e os acordos do Governo, de que hão-de ser acusados os que fizeram essas leis e esses acordos?

A propósito ou não, seguem duas notícias de fonte oficial timorense.

NOTÍCIA 1

Em 18 de Setembro de 2014, o embaixador de Portugal em Timor-Leste, dr. Manuel Gonçalves de Jesus, teve um encontro formal com representantes da Comissão Anti- Corrupção (CAC) de Timor-Leste.

Essa reunião propunha-se discutir a possibilidade de iniciar um programa de cooperação entre esta CAC, a Polícia Judiciária de Portugal e a Procuradoria Geral timorense, nas áreas da prevenção e investigação dos crimes de corrupção.

(Observação deste blog: À mesa havia 6 garrafas de litro e meio de água mineral).

NOTÍCIA 2

Entre os dias 16 de outubro e 11 de dezembro decorre em Timor-Leste um Ciclo de Conferências com o tema “Otimização de recursos para o reforço da independência nacional” organizado pelo Instituto da Defesa Nacional (IDN) de Timor.

Os oradores, “que contam com uma vasta experiência”, são de Portugal

1 comentário:

Anónimo disse...

Era bom que acalmassem os animos e comecassem a fazer perguntas de verdade.
Quais sao as provas da dita 'incompetencia' para nao dizer concluio com as petroliferas?

Visitem o site do governo timorense que ja la estao alguns documentos (acordaos e analalise dos mesmos) a revelar o que de mal se passou.

http://timor-leste.gov.tl/?cat=32&lang=pt

Sao erros tecnicos graves e inadmissiveis de verdadeiros profissionais. Os acordaos sao assinados pelos meritissimos e nao podem ser negados.

Alem disso, existem outras provas de contactos improprios entre representantes das petroliferas e oficiais do Ministerio Publico e juizes...nunca reportados pelas pessoas em questao. Timor e demasiado pequeno para estas coisas passarem despercebidas.