25.1.16

Assim se vê a direcção do PCP



«Depois do grandioso comício no Porto e de um número incontável de iniciativas que prosseguem com crescente dinamismo por todo o País, a candidatura de Edgar Silva realizou, no domingo passado em Lisboa, novo comício que fez transbordar a nave central do Pavilhão de Congressos com a participação de cerca de 6000 pessoas. Uma extraordinária mobilização não comparável à de nenhuma outra candidatura e que se traduziu numa verdadeira onda de entusiasmo e confiança».

«Ali esteve uma impressionante moldura humana a revelar o progressivo alargamento do apoio popular ao projecto e aos valores da candidatura de Edgar Silva»
.

Assim se vê como pensa e funciona a direcção do PCP, nas vésperas do resultado eleitoral mais humilhante de sempre!

O que é um pavilhão com 6000 pessoas,comparado com uma audiência de televisão? O que é o discurso exaltado até à agressividade, comparado com a comunicação inteligente e afectuosa? O que é a obsessão obreirista da elite dirigente do PCP, comparada com a compreensão intelectual da nova realidade sociológica? O que é a força bruta, por mais forte ou mais bruta que seja, comparada com o estudo e a tecnologia avançada? O que é a certeza da “vanguarda esclarecida”, acrítica, comparada com a discussão de ideias?

“Os operários e os trabalhadores” que as autoridades do PCP julgam interpretar, não lêem o Avante, lêem outros jornais e assistem aos telejornais onde a informação e o pensamento não são controlados por uma Comissão Política. Onde funciona a dialéctica tão querida a Marx?

“Os trabalhadores e o Povo” sabem analisar a vontade, é certo, mas também o carácter e a capacidade daqueles que lhes pedem a confiança.

Faz mal, o PCP, em querer concorrer com o MRPP!

3 comentários:

antónio m p disse...

O resultado espectacular de Edgar Silva na Madeira, mostra a diferença entre a imagem da indignação e a imagem do afecto.

Fernando Fernandes disse...

Este ano, a tua entrada na festa do avante fica vetada, por pequeno burguês de fachada socialista ao serviço da reacção...

antónio m p disse...

Ao serviço de quem? Eu estou reformado, amigo.