Mais serviços públicos e com melhor qualidade, nomeadamente em matérias de saúde, educação e segurança pública. Este é o desafio declarado de Michel Temer.
A confiança e a unidade do povo brasileiro, que ele elegeu como objectivos no seu primeiro discurso como presidente (não eleito), não significarão nada se o seu governo ilegítimo não mostrar avanços nestes domínios, e será bom ter presente que os governos (eleitos) de Lula e de Dilma deram passos gigantescos nesse sentido sem que isso impedisse a destituição desta.
Dir-se-ia que é tudo uma questão de “conjugação de forças”… mediáticas.
Tanto quanto alguns a imaginam, a agenda política de Temer que lidera um governo provisório, carece de uma revisão da Constituição, o que exige a adesão de 3/5 dos deputados, o que não seria de estranhar que conseguisse, tendo em conta os dois terços conseguidos
na assembleia parlamentar. Mas daqui a seis meses virá o tempo de confirmar se o número de conspiradores se mantém. É a prova da viabilidade do seu projecto.
Dilma chama "farsa jurídica" ao processo da sua destituição: “Posso ter cometido erros, mas não cometi crimes”.A oposição acusa-a de violação da lei fiscal com implicações graves na economia. O certo é que o Supremo Tribunal Federal validou o processo de impeachment . Mas o que conta, para efeitos políticos, é o que vai acontecer agora, com este “governo de facto”… e de fato.
Mesmo aqueles brasileiros que não dão muita importância à seriedade dos novos governantes ou à falta dela, como parece, irão dar importância à distribuição da riqueza, aos impostos, ao emprego, à segurança social, à qualidade da saúde, do ensino, dos transportes…
E não há campanha mediática que chegue para anestesiar uma população que se confronta com a realidade.
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