A primeira questão não é saber se as práticas que deram origem à morte dos dois instruendos do curso de comandos, eram ou não adequadas – os resultados mostraram à evidência que não eram! A questão é saber de que estão à espera os responsáveis, desde os instrutores e director de Formação até ao General Chefe do Estado-Maior do Exército!
Por sua vez, o ministro da Defesa, Azeredo Lopes, não tem muito tempo para decidir pelas respectivas demissões e apuramento posterior de responsabilidades criminais. Nada que o Comandante Supremo das Forças Armadas possa resolver com umas palavrinhas de condolências e um sorriso afectuoso para televisão ver.
«Quem tinha poder para decidir decidiu, e bem. Há o pleno apoio do Comandante Supremo das Forças Armadas às duas decisões tomadas: à primeira decisão, a da abertura de um inquérito, e à segunda decisão, relativamente aos cursos». É curto, Marcelo, é curto! Afinal você está com Jesus ou com Pilatos? Chegou a hora de sujar as mãos, Presidente.
A segunda questão não é saber se deve haver ou não tropas especiais, é saber que utilidade têm e a que normas obedecem. Quem responde pelo seu cumprimento, já ficou dito.
Quanto ao resultado de um processo de investigação iniciado “em tempo útil e com competência", pelo Exército, faz rir quem como eu teve que frequentar durante três malditos anos, aquela instituição hierarquicamente agressiva e blindada.
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