A celebração do 1º de Maio, que a CGTP levou a cabo neste contexto de pandemia, mereceu críticas mais ou menos vigorosas de muita gente que nunca apoiou ou tolerou o movimento sindical verdadeiramente representativo.
O que lhes pesa é a capacidade organizativa e militante da organização sindical responder, na lógica dos explorados e não na lógica dos instalados, à ditadura dos poderes económicos-financeiros e ao silenciamento dos seus porta-vozes.
É significativa a tolerância e até o apoio destes críticos em relação às pressões das organizações patronais para precipitar a abertura dos negócios e das empresas em geral com os inevitáveis riscos para a saúde pública, riscos que não estiveram presentes com a iniciativa sindical.
É significativo como Pedro Adão e Silva, por exemplo, diz em “O Outro Lado” (2020Maio5) que “não há nada que prejudique tanto a saúde de uma população como o empobrecimento” para daí concluir os efeitos nefastos sobre a saúde pública que decorrem... do “fechamento da economia” (isto é, das empresas).
Ficamos a aguardar a sua solidariedade com aqueles que reivindicam, pelas formas que podem, trabalho estável e decentemente remunerado. Os trabalhadores representados na CGTP, e não só, certamente aproveitariam mais do que aproveitam com o seu alinhamento no coro anti-sindical.
1 comentário:
Rui Rio e o PSD votaram favoravelmente um decreto de estado de emergência que tornou legítima a deslocação inter-concelhos para o 1º de Maio. Foram 16 pessoas com máscara distanciadas em cada autocarro com distribuição de gel desinfectante.
É caso para adaptar de Gedeão: "... um perigo para a Humanidade e para a Civilização".
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