Não posso garantir que Adão e Eva, eles só, tenham dado origem à Humanidade, tão vasta e tão diversa como ainda a conhecemos apesar das grandes guerras e outras guerras grandes e pequenas.
Mas posso garantir que todas as cores que vemos na televisão, incluindo aquelas que nos chegam do Paraíso, são filhas de três, três cores apenas.
Bem pode haver árvores castanhas que dão maçãs verdes e vermelhas, serpentes pintalgadas, ervas, tangas , chinelos e flores, laranjas, papagaios, e borboletas de todas as cores, que três latas de "tinta luminosa" são suficientes para reproduzir esse caleidoscópio que há na Natureza e na cabeça dos pintores.
Apresento-vos, pela segunda vez, mister Red, lady Green e sir Blue ! A família RGB. Daqui há só que misturar, para obter a cor da descendência. R com G dá Y (yellow, amarelo); se Green fôr com Blue vamos ter Ciano e se Blue fôr Red a coisa dá Magenta – que nada acontece por acaso!
Se juntarmos agora estes filhos com os primos, e os netos e bisnetos e por aí além, chegaremos depressa ao infinito – passe o exagero!
Esta explicação mereceu uma tremenda discussão na sala de formação de realizadores quando um colega meu, vindo da arte dos pigmentos, reclamou com justa exaltação que a mistura de cores não funciona assim. De facto, em pintura a “lógica” é outra. Mas quando se mistura luz com luz, na arte dos pixels, o efeito é o que mostra a figura anterior.
Por outras palavras: quando o António Polainas concebe o espaço cénico em que se vai sentar o José Rodrigues dos Santos, pensa em pigmentos; quando o Nicolau Tudela concebe as imagens virtuais do genérico, dos separadores ou das ilustrações específicas das notícias, pensa em pixels – e ambos pensam ao nível do que há melhor no mundo, posso acrescentar! (Saravá, amigos!).
Posto isto, torna-se mais claro por que os projectores de vídeo que encontramos nas salas de espectáculos ou no Metro, têm este aspecto.
(Se quiser saber mais e tiver muita paciência, pode consultar aí na Net, ESTE SITE).
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