23.2.11

Democracia quê?

A subida dos preços dos alimentos, tratada no G20, e a subida dos preços do petróleo e do gás, decorrentes das crises políticas do Médio Oriente e norte de África, juntam-se aos problemas de dívida soberana com que se confrontam os países desenvolvidos da Europa e da América do Norte, especialmente.

São elementos demasiados e demasiado fortes para que se vislumbre uma solução. Para já não falar das divisões que provocam entre os países.

Por sua vez, a recessão nestes países leva a retrair despesas, isto é, investimentos, prestação de serviços, salários e empregos. As migrações tenderão a recuar para os países pobres de origem e as tensões farão sentir-se nuns e noutros por todas as razões mencionadas.

Retracção económica e conflitualidade social é o que se pode esperar nestas circunstâncias. Será que se encontrarão saídas satisfatórias para o problema económico, nomeadamente através de um “novo paradigma”?

Por enquanto, a recessão económica parece alimentar, por oposição, alguns avanços democráticos. Seguir-se-ão avanços mais radicais, isto é, respostas que vão à raiz dos problemas, à democracia económica?
Não parece que os poderes nacionais e transnacionais, políticos e económicos, estejam disponíveis para fazer esse caminho de recuo nas suas estratégias, antes pelo contrário, mas talvez seja porque a água ainda não chegou aos tornozelos.

1 comentário:

mfc disse...

A Europa não vai ficar imune a esta mudança ao seu redor!