
Por sua vez e na mesma circunstância, Jerónimo de Sousa declarava: «O resultado da CDU traduzido no aumento da sua expressão eleitoral, com um resultado de cerca de 8% no quadro do aumento do seu número de votos, constitui (...) um importante estimulo para a construção de mais e maiores avanços nas próximas eleições autárquicas». E, mais adiante: «O resultado do PSD, associado à perda da maioria absoluta pelo PS, confirma o descrédito da política da direita».
A situação política parece apontar para uma continuada perda de votos do PS que tenderão a beneficiar o PSD, mas não menos parece razoável esperar que um e outro destes partidos despejem votos para a abstenção devido à semelhança de políticas e de estilos. Isto reforça a necessidade da esquerda real atrair para si a expressão da desilusão nos partidos “do arco da governação” tradicional.
Da reunião entre o BE e o PCP recorto esta passagem da declaração do PCP que muitos gostariam, e gostariam muito, que fosse levada a sério pelos participantes e por aqueles a quem o seu projecto de convergência apela:
«A actual situação impõe uma ruptura com a política de direita, uma política alternativa patriótica e de esquerda capaz de abrir caminho ao desenvolvimento económico, ao progresso social e à afirmação soberana do interesse nacional, que exige para a sua concretização a formação dum governo patriótico e de esquerda, capaz de assegurar uma nova fase da vida do País. Um governo constituído com base nas forças e sectores políticos, democratas e personalidades independentes, que se identificam com a política patriótica e de esquerda, apoiado pelas organizações e movimentos de massas dos sectores sociais anti-monopolistas».
2 comentários:
O seu contributo não é decisivo
mas parece um bom caminho
Unidos ou separados... o importante é que subam os dois!
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