29.1.10

A guiar o PSD

Como não sei se estarei cá quando Aguiar Branco fôr eleito presidente do PSD, deixo já aqui os meus parabéns pelo seu sucesso pessoal, e o desejo de que ele contribua para o afastamento dos jovens populistas, dos velhos manhosos e dos médios oportunistas... para o pelotão da rectaguarda.

O Zé, o José Pedro, o Aguiar-Branco, tem a pose de um aristocrata, o sorriso discreto de um optimista inteligente, o discurso correcto de um político seguro, a imagem de um candidato confiável. Ninguém se parece mais do que ele com o fundador Francisco Sá Carneiro, e já nem falo de serem ambos portuenses. Distinguem-se pela ausência completa de sorrisos do fundador carismático, é certo – neste detalhe, o José Pedro mais se assemelha a outro Francisco - Pinto Balsemão.

Pessoas como eu, desconfiadas de poses tão nobres, não iriam por aí. Mas é preciso ter em conta que é deste imaginário que se alimenta o ego dos social-democratas. Além disso, o seu currículo partidário e o seu estatuto social oferecem confiança e admiração aos correligionários, entre burgueses esclarecidos e operários sem consciência de classe – para dar os nomes aos bois, como soi dizer-se.

Pessoalmente, o gozo que me dá esta escolha, é ver a cara de nabo de Pedro Miguel (Santana Lopes), a cara de pau do Pedro Passos (Coelho), o sorriso manhoso de Rui Fernando (Rio), o sorriso amarelo de Álvaro Machado (Pacheco Pereira) e a frustração subliminar de Marcelo Nuno (Rebelo de Sousa).


As diversas empresas e associações patronais onde Aguiar Branco tem lugares de direcção não ficarão indiferentes a esta nomeação. Mas, tirando essas, a quem é que importa o nome do timoneiro, se o rumo é o mesmo?

2 comentários:

Mariquinhas disse...

Pois, atitude sensata...
Muito bem urdido o seu texto António e com imenso humor.;))

O Puma disse...

Que se fundam