A propósito de uma mensagem que circula na Net, denunciando que há 29 assessores/adjuntos de ministérios, com idades entre os 24 e os 25 anos, que auferem cerca de 2 a 3 mil euros/mês ao serviço deste Governo PSD/CDS, ocorre-me publicar uma carta que enviei a um antigo colega de trabalho quando ele decidiu rescindir o seu contrato de trabalho:
Amigo, companheiro, granda malandro, PARABÉNS! Estou convencido que tomaste a decisão acertada ao rescindires com a empresa. Há nessa decisão um significado implícito de os mandar para o..., que a corja bem merece.
Esses... que se governam com o nosso trabalho, que se pavoneiam com a nossa subordinação e que se abotoam com os nossos descontos e impostos, não vão poupar ninguém e tanto lhes faz que um gajo trabalhe ou que seja "pensionista" desde que não sejamos da sua "família" - eles não sabem de nós, usam um filtro intelectual como os polícias de choque usam viseiras que distorcem a imagem daqueles a quem agridem. Por muito mal que façam, por muita injustiça que cometam, esse filtro mental com que se distanciam das suas vítimas, convertidas em números, dá-lhes coragem para se banquetearem sem vergonha nem arrependimento à mesa do orçamento que nós somos coagidos a pagar.
Metem nojo quando discursam diariamente com poses sacerdotais, esses abades sebosos que tanto proclamam o emagrecimento do Estado, para engordarem as suas empresas de forma ilimitada, mas que vão roendo tudo o que o Estado ainda possui, na orgia da sua governança de casta.
Quanto mais longe estivermos das empresas e dos organismos que eles dominam, menos sujos nos sentimos. E tu que sempre soubeste da condição de marginal que a maior parte de nós não quer reconhecer, estarás simbolicamente mais longe dessa porcaria encerada, estando afastado dos mecanismos de dominação e controlo pessoal que eles exercem. Já que não somos seus cúmplices morais, não temos que dar a cara por eles.
Desculpa esta incontinência literária mas com tantos purgantes verbais que nos inoculam pela "comunicação " social, uma pessoa chega a um ponto em que não contém as palavras.
Abraço amigo.
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