Se não nos deixais viver com dignidade, não vos deixamos governar com estabilidade!
Esta é a voz da Grécia que parece ouvir-se por entre as ruínas do seu edifício social, no rescaldo das eleições de Maio de 2012. Da Grécia, só porque foi o primeiro a chegar ao precipício.
Pesem, embora, todas as vicissitudes de que o país venha a ser acusado por outros, se sair do Euro, objectivamente os "vícios" da população não foram mais do que o processo de sobrevivência nas condições do regime instaurado pelas grandes famílias que ali se revezam no poder. Nada de muito original, de resto.
O resultado eleitoral da Grécia combinado com a eleição, na França, de um presidente crítico da austeridade, perturbou o ambiente dominante na União Europeia. Mas tudo indica que na Grécia, mais ainda do que em França, estão criadas condições para a revisão inevitável das políticas europeias. Apesar da própria União Europeia.
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