Duas semanas
depois do presidente do Governo de Espanha e do Partido Popular, afirmar que não haveria nenhum resgate aos bancos espanhóis, o comissário europeu dos Assuntos Económicos e Monetários disse que a Espanha iria pedir, na reunião seguinte do Eurogrupo, o auxílio para a banca.
No Domingo
imediato, 10 de Junho de 2012, o primeiro-ministro espanhol convocou uma
conferência de imprensa para explicar os contornos do plano de resgate financeiro a
que não chamou resgate mas “ajuda aos bancos” espanhois". Para todos os
efeitos, é um empréstimo de 100 mil milhões de euros para o saneamento / recapitalização da banca espanhola. O que está por esclarecer ainda
são as contrapartidas.
A Espanha juntava-se assim à Irlanda, a Portugal e à Grécia no pedido de auxílio internacional. A diferença principal é que a Espanha é a quarta economia da zona do euro e a 12.ª maior economia mundial.
E para o que
mais directamente nos importa, a Espanha é o maior parceiro comercial de
Portugal.
Ainda haverá quem alimente a esperança de que se venha a dobrar o cabo das tormentas (ou borrascas), mas Bartolomeu Dias já morreu, os escravos libertaram-se e já não há o que trocar por especiarias. Com estes ventos, o melhor será mudar de rumo.
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