ou: O Fim do Cerco!
"A cena" passa-se em Jericó, uma antiga cidade bíblica da Palestina, situada nas margens do rio Jordão.
Estava eu a conversar com o meu amigo Hassan sobre o cerco economico-financeiro que os nossos países estavam a sofrer, quando fomos engolidos por uma multidão que desfilava na cidade. "É uma manifestação de indignados", pensámos. Porém, cartazes nem um, fosse em hebraico ou em português, nada de caricaturas nem palavras-de-ordem.
Percebemos, entretanto, que seguiam um pequeno grupo dirigente encabeçado por um conhecido agitador de Nazaré, de quem se falava ultimamente.
Não tardou que um pobre desgraçado - que os há sempre mas ainda mais em tempo de crise - começasse a gritar, desesperado: “Jesus, filho de David, tem piedade de mim!”.
A princípio, a multidão tentou ignorá-lo; tentaram depois que se calasse e, finalmente, vencidos pela energia do enfurecido popular, pareceu politicamente mais correcto chamá-lo com paternal tolerância e perguntar: “O que queres que eu faça?”. Ao que o outro respondeu: “Mestre, eu quero ver de novo!” (Mc 10,46-52).
- Mas queres ver o quê? Acaso és cego?
- Eu, não!
- Então porque me pedes para ver?
- Eu quero ver os pescadores a pescar, os agricultores a cultivar, os operários a construir, os vendedores a vender, os consumidores a comprar…
Exaltado como só o tinhamos visto quando expulsou os vendilhões do templo, Jesus respondeu:
- Não votaste para este Governo? Então vai pedir isso ao Ministro das Finanças ou ao 1º Ministro, porque eu sou apenas o Filho de Deus.
Discretamente, porém, Jesus ter-se-ia dirigido depois a Josué, dando instruções que foram fielmente cumpridas: durante seis dias - entenda-se em sentido figurado - os valentes guerreiros deram uma volta em torno da cidade e no "sétimo dia", lá por 2012 ou 2013, entenda-se, deram sete voltas. Durante a sétima volta, ao som da trombeta, todo o povo levantou um grande clamor e as muralhas caíram… (cf. Js 6).
Fica o aviso para os crentes!
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