No próximo dia 15 de Outubro, o Governo apresenta o Orçamento de Estado para 2014.
Nele se reflectirão os buracos existentes na dívida pública e no défice orçamental - o Orçamento para 2013 já revelou até Agosto uma degradação do défice e aumento da dívida pública que já vai em 130% do PIB.
No O.E. de 2014 se reflectirão, enfim, os erros decorrentes do enorme aumento de impostos aplicados aos cidadãos com efeito desastroso no poder e na confiança destes para consumir, e a falta de condições para o investimento privado.
Nele se justificarão as “medidas de austeridade” em curso ou em preparação.
Cada orçamento que passa, cada avaliação da troika, cada pacote de austeridade, é mais um golpe na economia nacional e nas condições de vida dos portugueses – são mais falências, mais desemprego, mais empobrecimento, mais degradação geral. Por isso é que custa a entender que o PS de José Seguro a António Costa continuem a perguntar “qual é a pressa” de derrotar o Governo.
«António José Seguro avisa que o PS não será cúmplice do empobrecimento de Portugal nem contribuirá para um estado "low cost"». Entretanto, vai deixando passar a caravana e a gente adivinha a explicação em forma de pergunta: “qual é a pressa”?
Por seu lado, António Costa, revela que avisou o secretário-geral do partido, na Comissão Política Nacional, que "ou havia um conjunto de condições que era possível reunir para unificar o partido" ou que se "sentia na obrigação de avançar para a liderança". E mais recentemente, a propósito dos resultados para as autárquicas, considerou: - Ganhámos em votos, ganhámos em câmaras, mas há ainda bastante caminho a fazer. – Afinal, digo eu, qual é a pressa?
Francisco Assis tampouco acha que chegou o momento… E Augusto Santos Silva, por muito que goste “de malhar na direita”, também parece pouco decidido. Ele defende “um consenso pluripartidário assente noutras bases”, isto é, com “outra liderança”. Santos Silva concretiza: uma coligação que integre o Partido Socialista, uma parte do CDS (na linha de Pires de Lima) e parte importante do PSD – aqui reunindo, nomeadamente, a linha de Rui Rio e de Cavaco Silva! (TVI24, 2013-10-08)
Mesmo ignorando esta bizarra “alternativa” sugerida por Santos Silva, se o regresso do PS significa prosseguir o programa de privatizações e destruição da produção, dos PECs e Memorando com a troika, que ocorreu durante o governo de José Sócrates, faz todo o sentido perguntar: qual é a pressa?
1 comentário:
«A cada pacote de austeridade foi sempre pedido mais do que no pacote anterior e todas as medidas estão a ser cumulativas, e as que eram provisórias para 2011, 2012, ou 2013 continuam em aplicação para 2014, 2015, 2016, 2017, e algumas o ministro das Finanças aponta para 2020-2030. De medidas destinadas a resolver a situação de emergência de 2011-4, passaram a medidas para uma geração ou duas». Palavras de Pacheco Pereira em Maio próximo passado.
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