Muito daquilo que está a acontecer com as negociações da Grécia, está previsto na passagem do Evangelho que a Igreja invoca neste domingo – S. Marcos, cap. 1.
«Eis que eu envio o meu anjo ante a tua face» é, sem dúvida, Alexis Tsipras, o primeiro-ministro grego, anunciando a ida de Varoufakis, ministro das finanças, à reunião do Eurogrupo para explicar-se ao colega alemão. E ao chamar ao enviado, uma “voz que proclama no deserto”, Jesus, digo Alexis sabia que esse deserto (de apoiantes) havia de revelar-se cada vez mais povoado.
É neste contexto que ocorre a confissão dos pecados de Jean-Claude Junker, presidente da Comissão Europeia. Essa confissão estava já prevista no texto bíblico quando se refere ao “arrependimento, para remissão dos pecados” (Marcos 1:4)
Na descrição bíblica, o mensageiro “andava vestido de pêlos de camelo, e com um cinto de couro em redor de seus lombos” (Marcos 1:6). É uma referência clara, em termos da época, ao casaco de motocar e ao cachecol tão comentado de Varoufakis.
“E ali esteve no deserto quarenta dias, tentado por Satanás. E vivia entre as feras…” (Marcos 1:13) é uma alusão às reuniões intermináveis com os adversários europeus que o tentaram demover das suas convicções e da sua missão.
“O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo. Arrependei-vos, e crede no evangelho. (Marcos 1:15). Entenda-se o que há de metafórico, sabido que tudo é metafórico na Bíblia: “Deus” representa a verdade, a justiça, o bem; crer no “evangelho” é crer na mensagem do Syrisa.
E por aqui me fico, fazendo notar apenas a proximidade geográfica entre a Grécia e a Galileia onde ocorre o episódio narrado no Evangelho.
Na imagem, S. João Baptista em escultura de Rodin.
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