Enquanto Álvaro Uribe governou a Colômbia à imagem de Hitler, o jornalismo europeu andava tão distraído... Mas agora que está de pé uma campanha despudorada contra o regime venezuelano, campanha com que o próprio Uribe está activamente solidário, claro, aqui del rei capitalista liberal que há um tirano potencial a governar a Venezuela.
Que se cuidem os agressores contra o governo da Venezuela: se a situação se extrema pode acontecer uma nova Cuba na região. Ofertas de apoio de países desalinhados, não faltarão.
Sei que é um processo polémico, mas não como a campanha desinformativa o pinta. Tem faltado o famigerado "contraditório" cuja lacuna modestamente venho contribuindo para superar. O que segue é um exemplo.
7 comentários:
Sexta-feira à tarde, uma jornalista da SIC Notícias, no final de uma entrevista a um porta-voz da oposição venezuelana, claro, perguntou o que poderia fazer a "comunidade internacional" para ajudar a campanha da oposição!!! Isto sim, é jornalismo de propaganda.
Eu nem creio que aquela senhora tivesse consciência do que estava a fazer; já lhe estava entranhada a parcialidade e intrusão de tão repetidas - o que é mais grave.
Melhor que os meus três artigos aqui publicados é o que acabo de ler de Boaventura Sousa Santos em http://jardimdasdelicias.blogs.sapo.pt/
Transcrevo um pequeno excerto:
O Tribunal Supremo suspendeu quatro deputados por alegada fraude eleitoral, a Assembleia Nacional desobedeceu, e a partir daí a confrontação institucional agravou-se e foi progressivamente alastrando para a rua, alimentada também pela grave crise económica e de abastecimentos que entretanto explodiu.
(...)
estou chocado com a parcialidade da comunicação social europeia, incluindo a portuguesa, sobre a crise da Venezuela, um enviesamento que recorre a todos os meios para demonizar um governo legitimamente eleito, atiçar o incêndio social e político e legitimar uma intervenção estrangeira de consequências incalculáveis.
"Até ao meu último suspiro defenderei a Constituição", prometeu (a procuradora demitida Luisa) Ortega na segunda-feira, num discurso com tom político para um grupo de funcionários da Procuradoria que saiu às ruas para apoiá-la.
Palavras de Ortega num artigo que ajuda a conhecer o seu ponto-de-vista
http://24.sapo.pt/atualidade/artigos/luisa-ortega-a-procuradora-chavista-que-se-rebelou-contra-maduro
«... A través de un comunicado, la Fuerza Armada Nacional Bolivariana de Venezuela (FANB) rechazó el ataque terrorista perpetrado la madrugada de este domingo por un “grupo de delincuentes civiles portando prendas militares y un primer teniente en situación de deserción” contra el fuerte de Paramacay, en el estado central venezolano de Carabobo.
En el documento difundido por el canal estatal de televisión VTV, (de Venezuela) la FANB califica el suceso como un “ataque terrorista de tipo paramilitar”, que fue repelido por el personal a la unidad militar, lo que dejó cinco detenidos y dos muertos.
Como parte del plan, detalla el comunicado de la FANB, el grupo difundió un video grabado por un oficial subalterno “que hace tres años fue separado de la institución por traición a la patria y rebelión”, y que huyó de Venezuela hacia Miami, Estados Unidos.
Asimismo, la FANB informó que los detenidos confesaron haber sido contratados en los estados Zulia, Lara y Yaracuy, “por activistas de extrema derecha en conexión con gobiernos extranjeros”.
RECORTADO EM http://www.cubadebate.cu/noticias/2017/08/06/
Porque não dá o BE exemplos de opositores detidos injustamente? Porque não nos dá exemplos das violações flagrantes da liberdade de expressão cometidas por Maduro? E, curiosamente, por que razão não se empenha o BE em denunciar os ataques terroristas na Venezuela em que se queimam negros por serem negros, os patrões que despedem trabalhadores que foram votar, os armazéns com comida açambarcada e a apodrecer para criar o caos?
Texto excertado no blogue Manifesto74
https://manifesto74.blogspot.pt/2017/08/5-mentiras-do-be-sobre-constituinte.html?showComment=1502418623107#c7026487308116306040
Assim falava Donald Trump para quem tinha ainda dúvidas sobre a estratégia dos EUA para a Venezuela, aliás para a América Latina:
“Temos várias opções para a Venezuela. Não excluo a opção militar. É um dos nossos vizinhos. Temos tropas em todo o mundo, em países que estão muito distantes, a Venezuela não está assim tão longe e as pessoas estão a sofrer e a morrer. Temos vários opções para a Venezuela, incluindo, se necessário, a intervenção militar”, disse Trump aos jornalistas em conferência de imprensa.
Para quem está realmente interessado em compreender o que realmente se passa na Venezuela e desperta a irritação de Maduro, nomeadamente quanto à manipulação internacional da informação, recomendo vivamente
http://www.odiario.info/como-nao-dar-uma-noticia-os/
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