17.7.22

Porque hoje é domingo (125)

Há milénios a castrar sexualmente, mas também sentimental e intelectualmente a Humanidade, a Igreja Católica alimenta os seus bispos e outros profissionais da hipocrisia com uma actividade que explora as fragilidades psicológicas e cognitivas dos seres humanos.

Auto-proclamada porta-voz de um deus que ela própria inventa e interpreta, a Igreja apresenta-se ao povo com uma autoridade incontestável, dogmática, repressiva, e assim domina as mentes – a verdadeira lavagem aos cérebros – e, por força da sua influência social, domina as leis, as políticas, as nações.

O histórico poder temporal da Igreja Católica, advindo da riqueza acumulada com as grandes doações de terras, feitas pelos fiéis, em troca da possível recompensa do "céu", e os compromissos com os poderes políticos, são a sua verdade. Um exemplo flagrante da riqueza acumulada pela Igreja ao longo da História é a construção medieval de sumptuosas catedrais construídas nos séculos XII e XIII daí em diante.

Quando as Santas Inquisições não encontram terreno para se instalarem, ainda há espaço para exercer outros terrores, como a ameaça do Inferno nas suas progressivas versões. E pecados não faltam para trocar por dinheiro.

O fenómeno de Fátima, criado a partir do mais infantil, inacreditável, relato da aparição de Nossa Senhora a três ingénuos e ignorantes pastorinhos, é apenas um de muitos exemplos de extorquir as poupanças dos crentes, explorando os seus desesperos e a crença que lhes foi incutida pelos próprios vendedores de deuses.

Tão infantil e irracional como a ideia de “salvação eterna” que continua a ser proclamada nos comícios domingueiros das paróquias. Quem estiver interessado nesta narrativa, porém, pode entreter-se com o episódio do dia em que se conta que Jesus entrou num povoado, e uma mulher, de nome Marta, o recebeu em sua casa (Lc 10,38-42).

Mas não espere nada de muito picante…

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