Enquanto Passos Coelho prepara as malas para viajar até S. Bento e ali abrir as portas a Portas, se necessário, José Sócrates abre as janelas do palácio (já não digo os portões!) aos ventos da esquerda, para acolher seus boletins de voto esvoaçantes.
Cansado de puxar sozinho a carroça nacional, apela à colaboração de quem pode ajudá-lo a sair do pântano. Apela, não, seduz, atrai, namora. Um sorriso para o lado de Alegre, um esgar para o lado de Passos, tudo bem ensaiado e acessorado, hei-lo a representar um papel novo de que se orgulhariam Jerónimo ou Louçã. “Espectáculo!” – diria Fernando Mendes.
E, no entanto, talvez seja um grande equívoco esta ideia dominante na opinião publicada, de que o PSD ganhará as próximas eleições que se prevêem antecipadas.
Mas não avisem o líder do PS – deixem-no dizer aquelas coisas que nos agrada tanto ouvir, nem que o faça apenas por mêdo e calculismo.
Recorte: Público 2010-07-06
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