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Nestes dias, tem-se assistido a um patético e abusivo exercício de Poder em que Fidel Castro se mete à frente das câmaras de televisão para apagar a imagem e o papel político de Raúl Castro, nomeadamente após as mudanças que este fez no Governo e a libertação de presos políticos cubanos.
A nostalgia e o desespero dos mais decadentes actores do regime, obrigam Fidel Castro a este último estertor.
Na sua falta de capacidade e de coragem para assumir os erros do mapa que traçaram, não corrigem o mapa nem o rumo, agarram-se doentiamente ao leme numa vertigem tresloucada que precipita o país para um naufrágio à vista de Miami.
Sim, Fidel, tu és o Comandante, tu és indispensável; sem as tuas reflexiones, Cuba mergulharia no vazio intelectual; sem este frenesim de aparições públicas dos últimos dias, não haveria tabaco em Pinar del Río nem sol em Varadero nem mulheres bonitas e graciosas das ruas de Havana até Santiago – pobres viúvas de Fidel arrastando-se em dolorosos prantos.
Este é o panorama que me inspira o trabalho que segue, construído com imagens manipuladas de uma entrevista recente do “coma-andante” - como lhe chamam já muitos cubanos.
ENTREVISTA ESQUIZOFRÉNICA
(carregar no nariz para ampliar)
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4 comentários:
Também tu António
a chover no molhado
Estimado Eufrásio, eu juro que deixo de chover no molhado quando Cuba fôr uma democracia. Não me move razão diferente daquela por que desejei o mesmo para Portugal durante o regime repressivo, de censura e partido único.
Ok
Respeito a diferença
quando assumida com frontalidade
Ai de nós
mas eufrázio é com um z
Abraço
Com “z” de azul
Eufrásio é com “s”, de “contente” em grego,
mas também há quem diga que pode ser latino
relacionado com o rio Eufrates
e tal como assinava um santo espanhol,
mas como o nome é seu desde menino,
será sempre o amigo, Eufrázio com zê,
sem que eu tenha que saber porquê
- que mais vale a sua consideração
do que chamar-se Eufrázio ou não!
E um sincero obrigado pela correcção.
(Esta frase rimou sem intenção).
Quanto ao conteúdo do post, creia que tenho sincera curiosidade em saber o que pensa sobre essa revolução encalhada no mar arável – assim as águas livres o pudessem irrigar. Lá onde o Povo não é quem mais ordena - nem mais, nem nada.
O meu abraço.
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