A viagem “de circum-navegação” que Hugo Chavez empreendeu por estes dias a países com diversas ideologias oficiais e diversas práticas políticas, tais como Portugal, Rússia, Bielorrússia, Ucrânia, Irão, Síria e Líbia, no seguimento do que faz a China, a outra escala, e certamente inspirado por ela, reforça a ideia de que as leis económicas são independentes das opções políticas.
Desenvolver a economia nacional é uma boa opção de quaisquer políticos. Uns fazem-no em nome “do” socialismo, como Chavez ou Hu Jintao, outros fazem-no em nome “do” capitalismo como José Sócrates ou Angela Merkel, mas o mais importante é que os países se desenvolvam para que os povos melhorem as suas condições de vida. Pelo meio ficam os incompetentes e os “agarrados”... a preconceitos ruinosos.
Alvin Toffler bem se esforçou nos anos 80 a defender esta tese em "A Terceira Vaga", mas o contexto mundial não lhe atribuíu méritos senão intelectuais.
Diversamente do que acreditámos com Karl Marx, digamos, se a política se subordina à ideologia, já a economia se lhe escapa.
Podemos escolher entre atravessar um rio ou não atravessar, mas uma vez que se opte pela primeira opção, as formas de o fazer são limitadas e universais, isto é, podemos ir a nado, de barco ou por uma ponte, e em toda a parte estas são as opções possíveis. A subjectividade da escolha, o espaço ideológico em política, está nas razões sociais porque fazemos uma destas escolhas e não outra delas - está na opção de classe, para voltar a Marx.
No âmbito das políticas laborais, por exemplo, economia e ideologia cruzam-se e muitas vezes conflituam, mas isso é porque o trabalho tem as duas dimensões e não porque o aumento dos horários de trabalho, por exemplo, deixem de ser um factor favorável ao crescimento económico dos países quer se trate da Coreia do Sul ou da Coreia do Norte, do Brasil ou de Cuba. Construir a ponte para atravessar o rio parece ser uma opção obvia do ponto de vista social, mas é incontornável ponderar a capacidade económica e material de o fazer.
Isto que hoje nos parece evidente, julgo que permaneceu durante o século XX encoberto pela poeira da “guerra fria”. Por boas ou más razões esta poeira assentou, e lá onde outras se não levantam, tenta-se abrir os olhos e seguir em frente.
Desenvolver a economia nacional é uma boa opção de quaisquer políticos. Uns fazem-no em nome “do” socialismo, como Chavez ou Hu Jintao, outros fazem-no em nome “do” capitalismo como José Sócrates ou Angela Merkel, mas o mais importante é que os países se desenvolvam para que os povos melhorem as suas condições de vida. Pelo meio ficam os incompetentes e os “agarrados”... a preconceitos ruinosos.
Alvin Toffler bem se esforçou nos anos 80 a defender esta tese em "A Terceira Vaga", mas o contexto mundial não lhe atribuíu méritos senão intelectuais.
Diversamente do que acreditámos com Karl Marx, digamos, se a política se subordina à ideologia, já a economia se lhe escapa.
Podemos escolher entre atravessar um rio ou não atravessar, mas uma vez que se opte pela primeira opção, as formas de o fazer são limitadas e universais, isto é, podemos ir a nado, de barco ou por uma ponte, e em toda a parte estas são as opções possíveis. A subjectividade da escolha, o espaço ideológico em política, está nas razões sociais porque fazemos uma destas escolhas e não outra delas - está na opção de classe, para voltar a Marx.
No âmbito das políticas laborais, por exemplo, economia e ideologia cruzam-se e muitas vezes conflituam, mas isso é porque o trabalho tem as duas dimensões e não porque o aumento dos horários de trabalho, por exemplo, deixem de ser um factor favorável ao crescimento económico dos países quer se trate da Coreia do Sul ou da Coreia do Norte, do Brasil ou de Cuba. Construir a ponte para atravessar o rio parece ser uma opção obvia do ponto de vista social, mas é incontornável ponderar a capacidade económica e material de o fazer.
Isto que hoje nos parece evidente, julgo que permaneceu durante o século XX encoberto pela poeira da “guerra fria”. Por boas ou más razões esta poeira assentou, e lá onde outras se não levantam, tenta-se abrir os olhos e seguir em frente.
Neste contexto, Hugo Chavez, na sua versão mais lúcida que porventura lhe seja ditada pela racionalidade do partido (PSUV), e no seguimento de outras medidas económicas e políticas internas, desenvolve esta viagem digna de um Fernão de... Magalhães dos novos rumos económicos, e o que se deseja é que o seu povo e a sua região saiam mais prósperos do que foram até aqui. O que os povos querem mesmo é liberdade, justiça e bem-estar; o resto é poeira.
Sem comentários:
Enviar um comentário