(ou não é jornal)
Não se entenda isto como piada contra o jornal de Mário Crespo ou até o de Ana Lourenço que eu ouço e vejo (respectivamente?) com interesse. Mas jornal quer notícias e quer-se universal. Fica aqui a nota deste “provedor”.
Quanto à Imprensa, gostaria de partilhar uma “impressão” que tem tanto de gráfico como de sentimental: o proveito e o prazer que me dá o Jornal de Notícias, jornal "de preferência" se não fôr "de referência".
Bastaria ao JN a crónica habitual de Manuel António Pina para justificar a consulta do jornal. Mas “além disso” que afinal é jornalismo de opinião, o que surpreende num leitor do século XXI, é que o diário é rico de noticiário – porventura mais que nunca por razões de concorrência. Que gaste muito papel com os crimes de faca e alguidar, anúncios suspeitos e publicidade mortuária, não é menos legítimo do que ouvir horas a fio, dias, semanas, meses..., os mentores convidados das televisões a dizer as mesmas coisas sobre os mesmos assuntos, tão falsamente discordantes entre si como José Sócrates e Passos Coelho.
Pelo contrário, não só é legítimo como é necessário. Na medida em que a “vox populi” *, fica ali melhor representada do que nas entrevistas de rua, pescadas à rêde e posteriormente editadas como se assim não fôsse.
Na medida, também, em que as tais notícias de histórias individuais de grande impacte, são materiais com valor sociológico maior do que as opiniões de Francisco Van Zeller, marido de Maria João Avilez, irmã de Maria José Nogueira Pinto, esposa de Jaime Nogueira Pinto..., por mais representativas que sejam as suas opiniões sobre as empresas e "as famílias".
* “vox populi” é uma expressão que ficou consagrada no jornalismo para designar a recolha improvisada de opiniões na rua, lá onde a "voz do povo" se pode escutar, supostamente livre e genuína.
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