A questão política é esta: não se trata de "apoiar" um partido - em última análise, ninguém representa ninguém, ninguém merece a confiança total de ninguém. Do que se trata é de tomar “posição”, de mudar o caminho aos acontecimentos, de atrever-se por mares não navegados. É de comparar sistemas, inútil como é esta cacofonia social-democrata em busca de diferenças in-significantes.
E aqui não se trata, uma vez mais, de escolher os programas à venda – trata-se de agir, de abrir sulcos no caminho dos consensos paralizantes, de remover escolhos formais, destruir os alicerces da exploração, furar a crusta da corrupção, estremecer a Terra e libertar o Homem da asfixia a que chegou neste momento histórico. Cientes – e daí? – que a História não acaba aqui. Os políticos, os partidos, saberão "como" mudar o rumo, mas aos cidadãos comuns compete saber "para onde" querem ir.
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