O seu mérito não foi fazer milagres, que os faz Deus, se faz, e não os santos que podem apenas interceder junto daquele, dadas as boas relações “pessoais” existentes. No que ele era bom, era a falar.
Nem Pacheco Pereira, nem Rebelo de Sousa se lhe igualam – e muito menos em sábia humildade. António, digo Fernando, teve por isso o reconhecimento dos seus pares – mais uma diferença – e um auditório internacional, ouvido que era em Portugal, na França, em Itália... Se fosse homem de perder a cabeça, teria ido a Marrocos, como outros foram, mas foi melhor assim pois já dizia Marx nas suas tiradas pró-materialistas que não há pensamento sem cabeça!
Haveria de perdê-la S. João Baptista às ordens de Salomé – que nem se lhe conhece outra mulher por quem o santo, apesar da fama, a tivesse perdido.
Curiosamente, no caso de S. João que o Porto perfilhou sem ser da terra, comemora-se o nascimento e não a morte. Enfim, nisto de ter fama o que conta é ter sorte! E daí, voltando aos sermões de Pacheco e Marcelo, pertencer à seita adequada não será indiferente.
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