15.10.11

O protesto e o resto


São cada vez mais esmagadoras as percentagens de abstencionistas nos actos eleitorais, exprimindo a falta de confiança num sistema político que gere a riqueza, o poder e a informação com desprezo total pelos interesses, a vontade e a opinião dos cidadãos. E que rasga as promessas eleitorais assim que toma assento no Poder.

As manifestações de indignação que ganham corpo, cada vez mais, nas ruas das grandes cidades do mundo "liberal" convocam cada um de nós a assumir a sua responsabilidade no protesto activo e global, convocam-nos para o grande parlamento da representação directa.

“As palavras que hão-de salvar a humanidade há muito
que foram escritas, só falta agora uma coisa, salvar
a humanidade” - disse Almada Negreiros. Mas no contexto actual eu penso que faltam as palavras, as mensagens e os mensageiros portadores de uma nova arquitectura e uma nova engenharia social. Ser radical - lembrava Karl Marx - é resolver os problemas na sua raiz. É este aprofundamento que os movimentos de indignados reclamam.

Entretanto, não é demais denunciar a ruína do sistema. De uma forma ou de outra . Ou de outra...

1 comentário:

alf disse...

... ou ainda de outra(s)... seja bem-vindo quem vier por bem!