Deve o artista representar a realidade como é, ou criticá-la? Ou transformá-la, recriá-la? Ou libertar-se dela? A diferença entre pintura figurativa e pintura abstracta é uma questão de gosto? E a diferença entre neo-realismo e surrealismo ?
E a importância das artes, para a sociedade, merece discussão?
A resposta das Televisões é... «Não! Isso não interessa».
Quem quer ouvir o António Vitorino de Almeida, se pode ouvir o António Vitorino do PS? Quem quer saber o que escreve Agustina Bessa Luis, se pode ler o Luis Delgado? Quem quer ver Olga Roriz se pode ver João Jardim? Quem quer saber o que faz Júlio Pomar, se pode ver o que faz Júlia Pinheiro? Quem quer saber dos Cus de Judas se a Televisão já mostra tantos cus e tantos judas? Televisão que se preze, pensa assim.
E o que pensam “os políticos” - nesta questão mais indiferenciados do que noutras - da importância da Arte e da Cultura na avaliação do Estado da Nação?
Os museus, os monumentos, os auditórios, as companhias de dança e de teatro, as orquestras e os filmes portugueses..., o ensino das artes, as belas e as malas-artes, têm alguma coisa a ver com a Nação cujo estado se discute? Nada. Zero.
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