5.12.08

Cuba real

Não tenho a pretensão de mudar o regime cubano e menos ainda a cultura do PCP-que-temos, mas a ocorrência de mais uma notícia sobre a falta de liberdades políticas em Cuba obriga-me a reparar em duas atitudes sintomáticas saídas do recente congresso do Partido Comunista Português.

Antes de mais, a significativa apoteose que o congresso dispensou ao regime cubano. Em segundo lugar, o texto que o mesmo congresso inscreve em tese quando "reafirma o inalienável direito dos países a seguir o seu próprio caminho". Este argumento dá para tudo e para todos; Uribe ou Mugabe podem dizê-lo em relação à Colômbia ou ao Zimbábue. Mas o direito dos países, para os democratas, é o direito exercido em liberdade pelos cidadãos. Isto muda tudo.

Alguma verdade tem que ser vertida sobre a cabeça de muitos que se recusam a acreditar na realidade ou que, acreditando, aprovam as ditaduras na suposição de que eles serão os ditadores e não as suas vítimas.

SEGUEM OS FACTOS:

«Juro que no me he llevado la luz verde, que no compro queso en el mercado negro desde hace más de dos meses y no me he ido de ninguna tienda sin pagar. No recuerdo haber violado las leyes –demasiado– por estos días, ni siquiera me he hecho pasar por extranjera para usar el Internet de algún hotel.
Tengo, no obstante, una citación junto a Reinaldo para mañana en la estación de policía de 21 y C en el Vedado. Me pregunto si debo llevar el cepillo de dientes o será un breve halón de orejas lo que recibiré.


Les dejo el documento oficial que recibí hoy de un sudoroso oficial, que subió los catorce pisos por la escalera –no tengo ascensor desde hace un mes. A las nueve de la mañana sabré de qué se trata, esperen noticias mías después de las dos».


O texto da cubana Yoani Sánchez, continua em "Generacion Y".

O documento que segue, arrepia qualquer um que tenha andado, como eu, a pesquisar documentos da PIDE na Torre do Tombo, para denunciar as perseguições daquela organização contra os comunistas!!!

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