24.12.09

PS contra PS



A birra do PS contra o resultado das eleições legislativas de 2009 era mais gritante do que a dramatização patética da Presidência da República nos últimos meses, mas a opinião publicada não se dava conta. Perdiam-se os “opinion makers” no côro dos argumentos e contra-argumentos dos partidos: ora que o PS não percebeu ainda que perdeu a maioria absoluta, ora que a Oposição não percebeu que o PS deve governar com o seu programa e não outro, ora agora repito eu, ora agora repetes tu, ora repetimos todos ao mesmo tempo para que isto se pareça mais com um debate.

José Sócrates provocava, os dirigentes do PS provocavam, já havia vidros partidos, cabeças rachadas, mortos pelas ruas, quando se começou a dizer que havia um problema: o PS não aceitava os resultados eleitorais. Governar em maioria relativa, governar com os outros partidos, era-lhe insuportável. O golpe-de-estado democrático fazia o seu curso no PS e a arrogância política dava lugar à insolência verbal. Contra todos os partidos e sem deixar de fora o próprio Presidente da República.

Chegados ao ponto de ruptura desejado pelo PS, já não se discutirá como vai José Sócrates governar em maioria relativa, mas sim, até quando!

Já o PPD sonhou para si «um governo, uma maioria, um presidente» Mas não se recusava a governar; era “apenas” um sonho... Nada que a aventura do PS, em curso, não possa proporcionar finalmente ao PSD.

2 comentários:

jrd disse...

Curiosamente, ou talvez não, os verbos estão conjugados no pretérito imperfeito.
Também me parece que, com estes , não deve haver futuro (do conjuntivo).

O Puma disse...

Sá Carneiro sempre apostou

no rapaz