29.12.11

Da bomba à mina nuclear (tese)

Agora que Cristina Kirchner, presidenta da Argentina, acaba de anunciar que lhe foi diagnosticado um "carcinoma papilar en el lóbulo de la glándula tiroides", Hugo Chavez, presidente da Venezuela, também ele a fazer tratamento a  um tumor canceroso detectado em Junho deste ano, confessou a sua estranheza pelo facto do cancro estar a atacar ultimamente vários dirigentes da América Latina. Nada que alguns jornais não tivessem assinalado já.
Chavez, Cristina e Dilma

Com efeito, além destes dois, já no Brasil, Dilma Rousseff detectou cancro com origem no sistema linfático, em 2009, quando era ministra da Casa Civil, sujeitando-se a um tratamento de quimioterapia quando já estava lançada a corrida presidencial, e Lula da Silva está a ser tratado a um cancro na laringe que lhe foi detectado em Outubro de 2010.

Além de Cristina, Chavez, Dilma e Lula, também Fernando Lugo, presidente do Paraguai, viu detectado em Agosto de 2010 um cancro linfático a que fez tratamento num hospital brasileiro de onde teve alta em 2011. E Álvaro Uribe, ex presidente da Colômbia, sofre de uma infecção pré-cancerosa da pele.

Será que as suspeitas de Chavez fazem mais sentido do que “parece”? Será que a nova arma secreta é um feixe de radiação tão invisível mas mais letal que os raios do Sol? A possibilidade existe e os interessados também…

Uma causa do cancro é a exposição prolongada a radiação. É por isso que as radiografias ou exames radiológicos são feitas com grandes precauções quanto ao tempo de exposição dos pacientes ao equipamento “fotográfico”, e os operadores desses exames trabalham com coletes ou aventais de chumbo. Logo, frequentar espaços com radioactividade – haja em vista as centrais nucleares – é expor-se a efeitos cancerígenos.
Nesta ordem de ideias, não admira que se possa usar este processo como arma, seja pela contaminação de um espaço de trabalho, por exemplo, seja pela emissão dirigida de feixes de radiação que afinal nem sequer são perceptíveis. É a passagem estratégica da bomba nuclear à mina nuclear. Não mais que isso. No lugar deles, eu usaria um detector de material radioactivo, que os há.

O que é que falta para que Hugo Chavez tenha mais razão do que ele próprio imaginará?

P.S.:
Espero nunca me arrepender de suscitar a ideia – passe a imodéstia da comparação com Einstein.  E prometo não falar dos equipamentos micro-ondas, para não assustar ninguém…

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