O problema das caricaturas de Maomé ou, mais propriamente, o problema das reacções violentas contra os autores daquelas caricaturas em papel ou em filme, é analisado de forma desassombrada e lúcida por Ludwig Krippahl no blogue “Que Treta!”
Imagem representa a Inquisição católica no séc. XII.
Naquele artigo se confronta o “respeito pelas ideologias", com o respeito pelas pessoas, que é, afinal, o que está em causa: «A violência à conta deste filme é apenas um de muitos exemplos do que acontece quando se respeita mais as ideologias do que as pessoas».
Quão longe nos levaria esta reflexão se quiséssemos analisar os genocídios presentes e passados. No mínimo nos levaria a aceitar que milhares de vítimas de Hitler e de Stalin não o foram tanto em nome dos ideais racistas ou igualitaristas, mas por causa daqueles homens, os quais fariam o mesmo se tivessem ideais contrários! Então, como sempre, a prática de um grupo bebe da sua cultura, e não da sua lei.
Quantas pessoas são hoje torturadas e mortas em nome dos ideais de liberdade e de democracia... para essas pessoas?! Seria ocioso citar exemplos quando eles estão todos os dias nos orgãos de Informação.
Depois há a questão dos que são mais papistas do que o Papa, dos apóstolos que estão mais preocupados com o seu prestígio do que o próprio Cristo, segundo a passagem do Evangelho que hoje é invocada pela Igreja Católica (Mc 9,30-37).
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