22.6.13

Dilma vs Coelho

Quando Dilma Rousseff diz que “é a cidadania e não o poder econômico quem deve ser ouvido em primeiro lugar”, ela está a ser sincera. Ela que foi presa e torturada por se opor ao autoritarismo no Brasil.


Quando Passos Coelho diz: “sabemos para onde queremos ir e não vamos desistir”, também está a ser sincero!...
E quando Poiares Maduro, adjunto de P. Coelho, diz que “um dos grandes problemas em Portugal é que tudo é contestado”, fala com a mesma convicção.

Moral da história: não é o grau de convicção mas o grau de solidariedade social e o sentido de justiça que distinguem os políticos.

1 comentário:

antónio m p disse...

Recebi de um amigo brasileiro as impressões que seguem. Como não lhe pedi (ainda) autorização para o efeito, fica sem identificação.

“Fui à manifestação ontem no centro de Recife e vi:

sorrisos, revolta, esperança, velhos, vontade, muita vontade, dor, estratégia contra vandalismo “senta no chão” e “uuuuhhh”, juventude, palhaçadas geniais, desejos difusos, confidências de guerra, crianças, polícia sem revólver – como era bom que fosse sempre assim - , namorados, medo, gente, carai, era muita gente, espectadores, atores, bicicletas, cartazes geniais “Cura gay de cu é rola” – “Era um país muito engraçado, não tinha escola, só tinha estádio” – PEC na minha e balance”, abraços, cantoria adolescente, insatisfação, balões coloridos, caras pintadas de verde e amarelo, suor, máscaras de V for Vendetta, pôr-do-sol raro entre prédios da Conde da Boa Vista, gentilezas “desculpa, com licença, com licença”, raiva contida, encapuzados, beleza na união, cidade focada, final borocochô, carnaval fora de época, de propósito, de sentido e lugar".