25.2.14

Quem combate Maduro no terreno

Depois da derrota eleitoral de Henrique Capriles como líder de toda a oposição venezuelana, começaram a surgir expressões de divergência no seio desta coligação de direita.

Para que as manifestações sangrentas da oposição não façam perder os opositores mais pacíficos, Capriles coloca-se agora na reserva, aparentemente. Nesta fase, pretende fazer-se passar como um opositor mais brando e negociador, como se esperaria do seu partido "social-democrata" onde se afirmam valores humanistas e progressistas. Mas o passado de Capriles denuncia o seu verdadeiro carácter.

Com efeito, participou activamente do Golpe de Estado  de Abril de 2002 contra o presidente Hugo Chávez. Acusado de ter sido cúmplice da invasão da embaixada de Cuba, em Baruta, e do espancamento de Ramón Rodríguez Chacín, então Ministro do Interior e Justiça, Capriles foi preso por quatro meses, de forma preventiva por escapar à justiça.


Capriles com López (da esq. para dir.) em Fever. de 2012
Leopoldo López Mendoza pertence a uma das famílias mais tradicionais e ricas da Venezuela, ligada aos setores alimentício e petroleiro. Na juventude, estudou economia nos EUA, na Universidade de Harvard.

Também López participou activamente nas mobilizações de rua que deram lugar ao golpe de Estado de Abril de 2002, e esteve implicado no ataque à casa do ministro do Interior e Justiça, que vivia ali com a esposa e dois filhos de 6 e 9 anos de idade. Rodríguez Chacín seria sequestrado e agredido, sem oferecer resistência,

Agora, em Fevereiro de 2014, Leopoldo López é quem encabeça acções violentas que configuram uma tentativa de golpe de estado, a partir de manifestações de um sector universitário.

Acusado e mandado prender por Nicolas Maduro, López entregou-se à polícia com grande aparato na terça-feira, 18 de Fevereiro (foto acima). Um juiz determinou na madrugada de quinta-feira, que López continue preso sob acusações penais que incluem incêndio criminoso e incitação criminosa associada à organização de uma grande manifestação em 12 de Fevereiro.

Argumentário da oposição

1 comentário:

antónio m p disse...

"Figura divisora da oposição, arrogante, vingativo e sedento de poder”. As palavras usadas para classificar o opositor venezuelano Leopoldo López não vieram de membros do atual governo chavista, mas sim de um conselheiro político da Embaixada dos Estados Unidos».
Recortado em Opera Mundi 14Fev2014.