Chovia em Paris enquanto Portugal, esse sim, estava a arder. O autocarro que me levou do aeroporto de Orly, terminou a sua viagem e a minha no Arco do Triunfo, um enorme calhau perfurado que parece ter caído de outro planeta, meteorito que aterrou no princípio do século XIX, sepultando muitos soldados desconhecidos de Napoleão e devastando uma larga área em seu redor.
Quase cem anos mais tarde, os franceses mandaram construir um brinquedo gigantesco que viria a inspirar as torres de lançamento de foguetões - digo eu. A isto deram o nome do seu projectista, o senhor Eiffel. Tivessem os franceses menos arrogância e mais imaginação e fariam como os portugueses que deram o nome de D. Luís à ponte projectada pelo mesmo engenheiro na cidade do Porto – apesar de tudo…
Quem fala assim dos grandes monumentos europeus, como eu falo, o que aprecia mesmo é gastronomia, já se vê. Mas que desilusão. À saída camioneta, descendo do "meteorito", pelos Campos Elísios, valha-nos Alá: tudo é caro e quase nada presta.
Aproveita-se o espectáculo que se oferece, por exótico, das muitas muçulmanas que por ali passeiam, mil rostos lindíssimos e olhos bem cuidados que espreitam pelos únicos rompimentos das vestes que usam e que mais me parecem orgulhosos sinais de identidade e apelos à curiosidade, do que imposição religiosa.
Serve esta referência para ligar o post, digo artigo, ao anterior, está-se mesmo a ver.
A foto-montagem foi criada para este blogue.
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