A questão dos convites oferecidos a Mário Centeno a troco de favores ao presidente do Benfica não faz sentido pelos convites mas pode fazer sentido se vultuosos favores aconteceram.
O pagamento de despesas pessoais de secretários de Estado com uso do cartão de crédito destinado a despesas de Estado, só faz sentido se essas despesas atingirem valores relevantes. Não é bem o mesmo que uma organização destinada a roubar dinheiro da Segurança Social, por exemplo.
Já a suspeita de tráfico de influência em decisões judiciais que recai alegadamente sobre Rui Rangel e outros, envolvendo movimentos financeiros que indiciam branqueamento de capitais e recebimento indevido de vantagem, não pode deixar de merecer uma investigação profunda.
Aparentemente, não há comparação entre os diferentes casos noticiados neste dia.
Passar das aparências à revelação dos factos em toda a sua extensão é o processo em curso que terá de resistir à previsível contra-ofensiva dos “desinteressados” no mesmo. Parece que “a verdade da mentira”, como escreveu Gonçalo Amaral acerca do caso Maddie, é o busílis de todas as questões em matéria de Justiça. Ou mesmo em matéria de justiça.
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