«Este portal destinava-se a ajudar os alunos do segundo ano de uma licenciatura de escola pública universitária, numa disciplina com o nome de História do Presente. Acabei hoje, dia 10 de Maio, por ter que renunciar à respectiva coordenação e regência, por questões de dignidade pessoal e brio académico. Vou tentar utilizar o investimento feito noutras unidades orgânicas onde haja ideias de obra, manifestações e cumprimento das regras do Estado de Direito. E mais não digo. Porque tenho vergonha».
Quem fala assim é José Adelino Maltez, licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra e com o grau de doutor em ciências sociais, na especialidade de ciência política, pela Universidade Técnica de Lisboa . Alguém que nos habituámos a ouvir com atenção na Televisão, menos vezes do que gostariamos.
E de cujo “Cosmopolis” transcrevo, quase aleatoriamente, esta referência desempoeirada e certeira, ao ano de 1991:
«O Expresso elege como homens do ano um tal sindicalista Torres Couto, um tal intelectual Mega Ferreira, um tal secretário de Estado Santana Lopes e um tal tarimbeiro da política laranja, chamado Luís Filipe Meneses. Todos ilustres homens de sucesso sem obra-prima mas com muitas promessas de obra feita e, sobretudo, detentores daquele eficaz sentido de oportunidade que lhes permite saber apostar no vencedor».
Para "não citar" este seu comentário na Televisão, ele próprio uma invocação: «Nem tudo o que é lícito é honesto!».
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