Naquele tempo, uma espécie de abelha mágica andava pela região. Depositava um pólen que fecundava virgens e mulheres estéreis.
Foi assim que Maria engravidou apesar do seu corpo nunca ter sido tomado pelo companheiro ou por outro qualquer até então! (Mateus 1,25) Foi assim que o sacerdote Zacarias foi contemplado com a gravidez da sua Isabel quando a idade já não fazia crer que isso acontecesse.
De tal abelha não falam as escrituras mas sim de um tal Gabriel que terá andado de um lado para o outro a levar a notícia, primeiro a Zacarais e depois a Maria - desse Gabriel dizem as escrituras que era um anjo… O próprio S. José foi avisado por um anjo do Senhor. Isto é: sonhou que foi! (Mt 1, 20).
Não admira que as duas primas se encontrassem um dia para falar sobre o assunto. Conta S. Lucas (1,39-45) baseado em pesquisas a que procedeu mais tarde, que Nossa Senhora foi visitar a prima Isabel e, para além daquelas coisas que se dizem nestas circunstâncias, “ Ó prima, por aqui? Mas que surpresa!”, a mulher de Zacarias terá acrescentado: «Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar?». Modéstia de Isabel se pensarmos que aquele que se agitava na sua barriga não era uma criatura insignificante, era João Batista, o que viria a ser profeta e a batizar o próprio Cristo.
Hoje sabemos como foi inútil a vida atribulada de Jesus que Deus mandou à Terra pela forma como vimos, para trazer a paz e o amor entre os homens, a caridade e a equidade, por assim dizer, que ao fim de dois mil anos o que temos é porrada e injustiça, egoismo e corrupção.
Não é ainda Natal, este domingo; é apenas o dia em que as duas primas se encontraram a falar daquilo que lhes aconteceu e cuja conversa deve estar tão bem retratada por S. Lucas como as datas (erradas!) que ele atribui aos acontecimentos. Nem será por mal; são as contingências de todo o historiador.
Sem comentários:
Enviar um comentário