Enquanto a Europa encalhada começa a naufragar no mar das suas
contradições, a Direita canta, dança e lança foguetes, para fingir que este Titanic não se afunda. Entretanto, os mais afortunados vão carregando os botes salva-fortunas com destino a outro continente.
O que aconteceu no Titanic propriamente dito, foi que 62%
dos passageiros da 1ª classe conseguiram salvar-se, contra apenas 25% da 3ª classe porque não havia botes salva-vidas disponíveis no seu deck!
Afigura-se que a questão da Grécia é apenas o começo,
uma pequena parte de um problema real que a Europa produziu com as suas políticas de arrefecimento económico e congelamento político. Debaixo do iceberg grego, adivinha-se um monstro económico-financeiro que
ameaça reduzir a destroços a União Europeia, rombo a rombo, país a país.
Se a União Europeia não mudar de rumo por sua iniciativa, a explosão de forças sociais desesperadas e o eventual aproveitamento da situação por movimentos realmente extremistas, não poucos deles já hoje identificados, farão a mudança de rota à sua maneira.
Não será por falta de alertas que os nossos capitães Smith(*)
nos levarão ao fundo com o seu navio, mas pode ser por excesso de festa.
(*) O capitão Edward John Smith era o comandante do Titanic e com ele se afundou em 15 de Abril de 1912.
A imagem inicial foi copiada de orpheedelamer.blogspot.com
1 comentário:
Sim, a política terrorista da UE pode continuar a destruir património, estruturas produtivas, empregos e remunerações, em alguns estados. Mas terá de fazê-lo em regime de ditadura colonial. E parece que está a preparar as condições.
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