6.9.15

No interesse da Humanidade

Com actualizações em "COMENTÁRIOS ou ADENDAS"

A Europa da NATO que promove ou apoia as guerras das regiões a oriente, assiste atónita às fugas das populações. Impreparada para reagir às consequências das suas estratégias belicistas, tenta emparedar os refugiados levantando muros e estendendo arame farpado. Reacção primária: suster as migrações.

Confrontada com a incapacidade de dominar as multidões desesperadas e a tragédia das populações em fuga, passa à segunda reacção: enquadrar aqueles que não morreram no percurso e conseguiram infiltrar-se no espaço europeu.

Mas este esforço de enquadramento é custoso, temporário e ineficaz para a dimensão do problema. Mais tarde ou mais cedo, os países que promovem ou apoiam a desestabilização da região oriental, por ganância ou por poder, serão obrigados a recuar nas suas aspirações colonizadoras e a negociar seriamente e sem falsos preconceitos, com os poderes locais.

Entretanto, outros países, livres das ambições imperiais da NATO, avançam há muito nesse sentido. É o caso da Rússia que vem trabalhando, desde o início do conflito, por uma solução negociada. 

A Rússia considera inaceitável propor a demissão de Bashar Assad como uma condição preliminar da regularização na Síria, que é o que exigem as potências ocidentais. O Irão e a China, pelo menos, são duas outras potências fundamentais nas negociações e que estão ao lado da Rússia.

Falhadas as iniciativas dos auto-denominados “Amigos da Síria”, é hora de avançarem os amigos dos sírios e não só. No interesse da Humanidade!

4 comentários:

antónio m p disse...

A acolhida de Merkel entre sírios contrasta com a recepção dela em um centro de imigrantes perto de Dresden, onde foi vaiada por manifestantes de extrema-direita.

A Alemanha espera receber 800 mil pessoas em busca de asilo este ano. Embora apenas parte deles venha da Síria, esse número é maior do que o total de pessoas que receberam asilo no ano passado em todos os 28 países da União Europeia: 626 mil.
(http://www.bbc.com/portuguese/...)

antónio m p disse...

Se Bashar al-Assad, presidente da Síria, fosse membro da NATO, teria recebido apoio ilimitado da comunidade internacional na luta contra o terrorismo, independentemente do regime sírio! Como não obedece aos EEUU e à Europa, estes aproveitam as acções do "Estado Islâmico" para destruir o país e não "apenas" os monumentos históricos.

antónio m p disse...

«John Kerry (EUA) manifestou a sua preocupação com as notícias que davam conta da intenção de Moscovo em reforçar a sua presença militar na Síria, aparentemente em defesa da autoridade do Presidente Bashar al-Assad, cada vez mais reduzida ao reduto da capital, Damasco.»
Do Público de 2015.09.06

antónio m p disse...

"Não se deve fazer nada que possa consolidar ou manter o poder de Bashar Al-Assad", na Síria - disse Hollande, presidente francês. O que torna suspeita a sua intenção declarada de instruir as Forças Armadas do seu país para lançar eventuais ataques aéreos na Síria contra o auto-denominado Estado Islâmico. Mas confirma que o inimigo principal do Ocidente não é o EI mas sim a insubmissão de Assad à OTAN/NATO.